segunda-feira, 27 de abril de 2009

Spreading the news


Olhem este vídeo desta figura, patinando na frente do Rockfeller Center em um sábado de manhã. Uma mistura de Sobel + Yoko Ono + Clodovil Era de parar o trânsito

sábado, 18 de abril de 2009

cada panela tem sua tampa e seu piti

Estou no aviao, a caminho de NY. Tam, JJ8080.

Fortes emocoes:

1) Comprei aquela coisa inflavel de colocar no pescoco para dormir no aviao. Ha um desafio: encher com ar, tirar a boca, tapar e colocar o plastiquinho, sem que todo o ar escape. Missao impossivel para mim, que acompanhada de um saco de risada, nao conseguia parar de rir, nem para terminar de assoprar. Apos 8 tentativas frustradas no seu proposito final, porem bem sucedidas no quesito gargalhada, desisti, mas o saco de risadas ao meu lado conseguiu!

2) Para minha feliz surpresa, ate que consegui dormir com a tal da coisa inflavel. Eis que no meio da noite, a mulher do meu lado, levanta e comeca a gritar: meu marido, meu marido!
Ela tenta acordar o marido, que nao se mexe. Chamo a aeromoca, apertando incessantemente o botao. Minha amiga, levanta correndo e vai chamar a aeromoca.
O marido acorda, apos acharmos que ele estava morto.

Aparece um impostor, fazendo-se passar por medico, a cara do Benjamin Button. Valia a pena fazer o investimento, e aguardar para ver se um milagre aconteceria, se ele rejuveneceria e tornaria-se tao belo quanto o Brad Pitt. Durante o voo, nada disto aconteceu.

O ex morto vivo, levanta-se e diz que nao esta se sentindo bem.
A mulher dele, ao meu lado, comeca a revirar os olhos, fazer uma cara muito estranha e desmaia.
O impostor, coloca a cabeca dela para baixo, e ela acorda.

Forma-se uma fila de curiosos, e eu, que quase nao sou curiosa, posso assistir tudo de camarote, pois minha cadeira esta imediatamente ao lado do show.
As aeromocas, desfilam suas frases prontas: meu senhor, este nao e o procedimento de desmaiar, minha senhora, aceita um suco.

Quando a esposa do ex morto vivo acorda do desmaio, ele volta a passar mal. Mas que diabo e isto? Cade o Dr. House?
Sera contagioso? Me parece que nada mais e que um piti a dois.

Anunciam no microfone se tem algum medico a bordo. Duas medicas se voluntariam para ajudar. Uma nao consegue auscultar o ex morto vivo por causa do barulho do aviao.

Meu diagnostico se confirma: piti a dois. A tampa e a panela histericas, acalmam-se, o show termina, e para minha sorte, com toda esta confusao, o tempo passou rapido e em menos de 1 hora chegamos a big apple.

domingo, 12 de abril de 2009

Pessach moderno

Era uma vez um grupo de judeus, que trabalhavam como escravos. Ao invés de servirem aos faraós, eles serviam a seus chefes e clientes, de empresas multinacionais, consultorias renomadas, clientes de seus escritórios, escolas, etc.
Trabalhavam de sol a pôr do sol, todos os dias, construindo pirâmides sociais. Não eram chicoteados, mas muitas vezes, trabalhavam mais do que queriam, e deixavam de fazer aquilo que mais os aprazia.

Estes judeus, decidiram que era hora de parar com esta escravidão, ainda que temporariamente, e ir para a terra prometida.
Eles saíram muito cedo, fugidos de suas tarefas cotidianas e durante um longo período cruzaram o deserto e a balsa, para chegar a terra prometida.

E em uma sexta-feira santa, chegaram a terra prometida. Um oásis no alto da montanha, emoldurado por uma linda vista, por águas frescas e cores sem precedentes.
Nem tudo foi fácil, tiveram que enfrentar as 10 pragas, dentre elas:
- besouros voadores atacando a comida dos pobres itinerantes
- sol escaldante
- subidas extenuantes
- ataques da mosca tse tse
- falta de controle remoto
- fila para o café
- ausência de transmissão do jogo de futebol
- ausência de água de côco
- ameaça de caquinhos de vidros
- discussão de temas polêmicos

O povo escolhido, (pela neta do Jojo) passou uma Páscoa deliciosa em conjunto.
A festa de pessach, simboliza a travessia e nos relembra da escravidão e da importância da liberdade. Também comemoramos que a vida dá voltas, e se hoje estamos vivendo momentos difíceis, amanhã seremos livres e felizes. A festa também comemora o aniversário, não do Messias, mas de uma mediadora de plantão :-) que torce para que estes momentos felizes, na companhia de amigos, tenham longa duração.

terça-feira, 7 de abril de 2009

La dolce vita

Toda vez que vou ao cinema para ver um determinado filme, o filme está lotado e entro em outro, eu me arrependo.
No mundo corporativo, os chatos chamariam isto de falta de foco.
Eu chamo de tentar surpreender-se com o inesperado. Quase sempre me dou mal.
Claro que já passei por algumas situações antológicas (ou seja de anta), quando por exemplo fui assistir sei lá o que, não consegui e entrei em um filme chamado:
"O sabor da melancia".
Era um filme horroroso, chinês, que o cara transava com uma melancia. Saí no meio. Incrivelmente, minha companhia, ficou até o fim. Vai entender...

Uma vez, no tempo em que o cinema não tinha estes carpetes coloridos, fui ver Roger Rabitt, e acabei assistindo Willow na Terra da Magia. Uma chatice só.

Esta semana, fui ver o Visitante, mas muitos outros visitantes chegaram antes de mim, e acabei assistindo "Simplesmente feliz". Pelo título, só o diretor deve ter ficado feliz. O filme é um purgante com uma mulher, cuja sinopse diz que é otimista, mas este é um eufemismo para tonta.

Pior foi uma amigo meu, que foi com a avó assistir "A bela e a fera", mas estava lotado, e entrou em um filme que tinha récem estreado, e ele não sabia do que se tratava: "Instinto Selvagem". Aposto que até hoje a avó nunca mais cruzou as pernas na presença dele.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

O inferno são os outros

Eu reconheço que sou a típica pseudo-cética. Cética sim, mas também não custa nada ler o horoscopo de vez em quando e como uma grande amiga definiu maravilhosamente: de tempos em tempos, a gente paga para ouvir umas mentiras e ficar feliz.
Pois é, eis que estou no tal do inferno astral.
É uma boa justificativa para tudo que dá errado neste período. Como se não bastasse estar próxima de ficar um ano mais velha, ainda tem que vir acompanhado de um inferno, seja lá de que tipo.

Já dizia Sartre que o inferno são os outros. E eu concordo.

Inferno é acordar a noite com um alarme de carro que dispara
Inferno é festinha infantil no salão do prédio no domingo a tarde, quando você está super gripada, querendo descansar
Inferno é dispensar uma pessoa no trabalho, e ela sair da sua sala e ir direto falar mal de você para seu chefe
Inferno é o telefone com o 7 quebrado ser diagnosticado como: impossibilitado de ser consertado.
Inferno é não ter paciência para comprar um novo ferro de passar (a propósito: o anterior eu ganhei na drogaria são paulo, numa daquelas promoções de juntar pontos)
Inferno é esquecer o nome do vizinho de sala de consultório que sempre me cumprimenta falando o meu nome
Inferno é finalmente achar um lustre lindo, após 2 anos de procura, e no dia da instalação levar o cano da loja
Inferno é estar com febre e ter que fazer inalação no fogão (da próxima vez que juntar os pontos da drogaria, vou trocar por um inalador)

Inferno é passar por tudo isto, e ainda ter que manter o bom humor!

Que passe logo o inferno e que venha o inverno

Ok, inferno é ter que aguentar um trocadilho batido deste!