sexta-feira, 25 de julho de 2014

Liquid paper

Fui visitar uma amiga que teve bebê na maternidade. Achei por bem comprar um presente na lojinha do hospital, para facilitar eventual desejo de troca. A lojinha do hotel tinha muitas boas opções de presentes. Variados bichos de pelúcias, roupinhas, mantas, enfeites, etc. Tudo em ordem. O que chamou minha atenção foi que na principal prateleira, dentre alguns itens de papelaria, havia uma fila comprida de liquid papers. Sendo o hospital longe da minha casa, tive bastante tempo durante o trajeto da volta para pensar por que será que alguém precisaria de liquid paper na maternidade? Não consegui chegar a nenhuma hipótese plausível. Liquid paper? Não consigo imaginar. Será que serve para alterar o nome da criança das lembrancinhas se os pais mudaram de ideia ao ver a criança? Será que serve para tentar corrijir, digo corrigir (cadê o liquid paper?) cartões mal escritos? Não importa: O nascimento é o momento de começar a escrever uma história. É uma página em branco para todos os membros da família. É o momento de se descobrir como pais, irmãos, avós. Liquid paper? Desde o ginásio não sei mais para que serve. E se pensarmos bem, o ginásio nem existe mais...

quinta-feira, 27 de março de 2014

Olha o jacaré

Seis da manhã. Levanto e vou estoicamente fazer ginástica. E lá está ela. A miniatura de jacaré. Zombando da minha falta de alongamento. Rindo da minha falta de coordenação motora. E sigo tentando. O exercício é chamado de cachorro e gato. Em quatro apoios como um cachorro, curvando a coluna como um gato. E o pequeno jacaré lá perto, embaixo do sofá. Entre a contagem sistemática e repetitiva de 1 a 15, olhares de soslaio mútuos. Eu pensando como vou me livrar dela. Ela pensando por que diabos eu estou com pesos nos pés e nas mãos, dificultando minha mobilidade. Jacaré com ventosas; humana com bola de pilates. Dupla improvável. Fim da aula. Alívio. Das duas partes. Eu feliz por ter cumprido minha dose bi semanal de exercício. A lagartixa com a certeza de que não será defenestrada. Se não foi extirpada até agora, está com seu lugar garantido. Chego no trabalho e ligo para uma empresa de dedetização. - Formigas, baratas e insetos em geral. Ótimo, recentemente também apareceram algumas baratas grandes como naves espaciais. A casa anda bastante povoada de visitas não desejadas. - E largartixa? - Minha senhora, lagartixa não é inseto, é réptil. Nós não eliminamos. Sim, ela venceu. Vai ficar lá e na ausência dos demais insetos, vai reinar sozinha.

terça-feira, 25 de março de 2014

As saias que deixei de usar

Recebi ontem de uma amiga uma foto em que eu e mais 3 amigas estamos de biquini por volta da lira dos nossos 16 anos. Pareço uma outra pessoa. Cabelos muito, muito volumosos e mais escuros do que hoje, apesar de mantê-los virgens de tintura até hoje. O corpo, este realmente parece outro. Uns vários quilos a menos. Fiquei impressionada. E me senti muito idiota. Idiota, porque me lembrei que até os 30 anos eu não usava saia. Achava que minhas pernas eram muito finas e muito brancas. Ainda são, mas como é bom fazer 30 anos! Como é bom perceber como somos e tirar o melhor disto. Agora, muito mais perto dos 40 anos do que dos 30, uso saias. As pernas continuam tão ou mais brancas do que antes, os cabelos menos volumosos, outras coisas mudaram, mas o que mudou mais, não aparece na fotografia. E as saias que não usei, decerto não servem mais. Que venham as novas saias...