terça-feira, 29 de junho de 2010

O que houve com os envelopes?

Eu sei que desde a invenção dos e-mails, as cartas saíram de moda. Não sinto falta nenhuma. A velocidade do e-mail me agrada muito mais. No entanto, me pergunto: será que as pessoas deixaram de entender para que serve um envelope?

Nesta semana, pedi para uma pessoa deixar um documento para mim na portaria do meu prédio. Tratava-se de uma transação comercial, e a pessoa, sem a menor preocupação com discrição, deixou o envelope aberto. Claro que não se tratava de nenhuma quantia de mega sena, mas custava grampear ou colar o envelope? Precisava deixar o documento, que falava de dinheiro totalmente exposto para que qualquer pessoa na portaria consultasse?

Bom, muitas vezes algo ruim, consegue ficar pior. Fiz o check up anual. Pedi que os exames fossem entregues na minha residência. Para minha surpresa, ao chegar em casa hoje, e receber o envelope das mãos do porteiro, constava na parte de fora do envelope um protocolo de entrega: seguem os resultados dos exames relacionados abaixo:
- colpocitologia oncotica, avaliação fisiátrica, papanicolau, etc, etc, etc.

Fiquei contente de lembrar-me que estamos em plena copa do mundo, e talvez os porteiros estejam ocupados demais para perderem tempo vendo este tipo de correspondência bem interessante que tem chegado para mim nos últimos 3 dias, mas algo me diz que entre um jogo e outro, alguma olhadela houve, porque hoje o zelador me olhou com uma cara de quem estava muito preocupado com a calcificação inespecífica no meu fígado...

domingo, 13 de junho de 2010

Quem procura, acha

Aprendi que olhar gavetas alheias nunca é uma boa idéia.
Na hipótese menos nociva, a única coisa encontrada é um exemplar da bíblia nos hotéis.
Na gaveta do meu criado-mudo há muitos anos tem sempre as mesmas coisas: o espelhinho verde e a pinça de sombrancelhas, uma caneta para marcar as partes preferidas do livro que eu estiver lendo; termômetro e papel higiênico para as fases de gripe. Simples assim, mas o espelhinho verde, já muito velho, pode causar uma péssima impressão.
Em gavetas alheias, evito olhar, mas às vezes, é inevitável.
E eis que alguém foi olhar na gaveta da casa de outra pessoa e encontrou uma receita médica de como tratar hematomas! É verídico. A receita sugeria alguns cremes para suavizar hematomas.
Se dizia o que causou os hematomas, não sei. Nem é bom imaginar...

Há alguns anos, quando eu mudei de trabalho, comecei a ficar cheia de manchas roxas pelo corpo. Fiquei preocupada e fui orientada a fazer um exame de coagulação. Deu tudo normal. As manchas continuavam a aparecer, nas duas pernas. Demorou 2 semanas para eu descobrir que estava me batendo no mobiliário da empresa, sem perceber. Mudando algumas coisas de posição, nenhuma mancha nova apareceu.
Se eu tivesse uma receita médica para eliminar manchas roxas, o médico deveria ter sido bem específico: menos estabanamento.
Difícil seria seguir as ordens médicas.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Tranca

Achei este texto que escrevi ha uns 2 anos...na epoca das tranqueiras, grupo de amigas que se reuniam para jogar tranca.


No meio de devaneios, pensei no jogo de tranca e nas semelhanças que tem com a vida.

Quantas vezes a gente posterga uma decisão porque acha que ainda não é o momento certo?
Estragar um jogo e bater ou esperar um pouco mais? E quando a gente aposta nossas fichas em bater, que, na verdade, significa um novo recomeço, com cartas novas na mão, e na verdade o morto vem piorar o que esperávamos melhorar…

E o que dizer das vezes que a gente conta com o nosso parceiro, acha que se nossa mão não tem nada, o parceiro tem quase que o dever de nos tirar daquela enrascada, e nem sabemos o que está se passando na mente, digo, na mão do parceiro…
E quando o parceiro faz a maior burrada, a gente tem vontade de xingar, mas temos que nos lembrar, que vez ou outra, a gente também se distrai, e também é sujeito de burradas enormes…
E quando a gente deposita nossas esperanças na sorte, acha que no fim tudo dá certo, e se dá mal…
E as vezes que a gente fica na maior dúvida do que fazer com um coringa que aparece nas nossas vidas…
Onde e quando é melhor usar um coringa… Será que virão outros…
O que mais me intriga é a canastra real… Quantas vezes somos agraciados na vida por ela… A combinação perfeita de sete cartas, sequenciais, é quase que uma benção da estatística nas mãos de uma jogadora.
E a combinação perfeita de pessoas legais em volta de uma mesa…
Esta não depende de estatística nenhuma, e sim da nossa disposição em estarmos juntas sempre que possível…

terça-feira, 1 de junho de 2010

Drogas

Meu posicionamento com relação às drogas sempre foi muito claro: sou contra as ilícitas e a-do-ro as lícitas. Sim, uma simples bula faz toda a diferença para mim.
Na semana passada em um momento de tráfico de drogas me livrei de um monte de remédios que tinha em casa e não usava. Foram para doação.

E hoje, achei 3 caixinhas de um remédio chinês que uma médica e acupunturista me indicou uma vez. Eu sei que parece mentira, mas o nome do remédio é: "chuan xiong cha tiao san". Apesar do nome, não veio da terra do tio sam.

Trata-se de uma medicação indicada para a enxaqueca, que eu tive em 2008. Na ocasião, a médica indicou que eu tomasse 6 comprimidos por vez, 4 vezes por dia! 24 comprimidos por dia. Após 3 dias, larguei o tratamento. Eu não tinha tempo livre para isto. Contas os comprimidos não estava aliviando minha dor de cabeça.

Hoje, estes 3 potinhos vão para o lixo.
Abaixo, coloco um link da internet que não me deixa mentir que a medicação com este nome existe de fato.

Chuan Xiong Cha Tiao San | ChineseMedicineTools.com: Chinese ... - [ Traduzir esta página ]
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