sábado, 19 de setembro de 2009

Fazer ou pagar para fazerem?

Tem gente que nasceu com a capacidade de consertar coisas. E tem gente que nem sequer se atreve a tentar consertar coisas e que quando tenta, só se dá mal.

Trouxe da Tailândia, uma bela estátua de artesanato. A estátua quebrou no vôo. Comprei superbonder para colar a parte quebrada. Tendo em vista meu histórico com superbonder, resolvi usar um pano, para não colar o dedo na estátua. Foi um desastre: colei os quatro dedos no pano e o pano na estátua. Haja água corrente para soltar tudo. Os dedos ficaram com cola por uns 3 dias.

Acho incrível aquelas pessoas que sabem desmontar uma tomada, arrumar fio, fio acola. E nada tem a ver com instrução, afinal nunca vi um eletrecista, ou encanador, com PhD. Parece ser algo nato.

Hoje sugeri a uma pessoa que precisava levar um quadro gigantesco, de presente de casamento, para o interior, que amarrasse em cima do carro. A outra opção era despachar via correio (em greve) ou alugar um carro imenso para que o quadro coubesse.
Ele comprou plástico bolha, preparou uma treliça para amarrar o quadro no capô do carro e partiu em viagem. Resultado: o quadro quebrou no meio, ele que era o padrinho do casório, não chegou a tempo, porque teve que parar várias vezes na estrada para re-amarrar o quadro, inutilmente, já que quebrou no fim da história, e eu ainda estou me sentindo culpada por ter dado a ideia de girico.

A propósito, não sei o que é girico, mas parece que suas ideias fazem parte da minha especialidade

domingo, 6 de setembro de 2009

Óculos e Ósculos

Usei óculos muitos anos. Um mais feio que o outro, uma mais frágil que o outro, o que me deixava bastante estressada, afinal já fui míope de 6 graus. Ah, quantas vezes não quebrei os óculos. Perder, nunca perdi. Nenhum míope de 6 graus perde os óculos. Não é louco.
Depois veio a lente de contato. Era super cara e trabalhosa, tinha que ferver todos os dias, um momente de cuidados. Aos 23 anos me livrei disto tudo. Não tem preço enxergar o shampoo no banho depois de 15 anos. Não teve preço acampar em machu picchu sem precisar me preocupar com a chuva embassando os óculos ou com os cuidados de higiene da lente de contato.

Grande parte dos meus amigos que também operaram, tiveram suas míopias (ou parte delas) retornadas. Felizmente ainda não fui inclusa neste grupo. Nem tampouco, pela idade, no grupo dos que precisam de óculos para ler. Ainda tenho alguns anos para aproveitar.

E eis, que subitamente, as animações que eu tanto gosto de ver no cinema, passam a exigir óculos, porque são 3D. Why the hell???

Não me faz diferença se os balões do Mr. Friederissen estão a um palmo de distância. A beleza deles está nas cores e nos sonhos, e não na proximidade.

E fiquei pensando em quem é míope e tem que colocar um óculos sobre o outro. Que chatice!

A miopia sai de você, mas você não sai da miopia!