domingo, 16 de agosto de 2009

Fortune teller

Quando aprendi o tempo verbal do futuro em inglês, me lembro que a lição era de uma cartomante. You are going to, you will, etc.

Sempre fui do tipo que fico com um olho no agora, mas meio míope ainda, e um olho com uma visão tentando ser bem aguçada no futuro. Eta pêndulo entre passado e futuro, que quase nem para no presente.
Uma mistura de nostalgia com uma antecipação.

Hoje eu soube de uma teoria que o mundo vai acabar em 2012. Bom, ja sobrevivemos a 1999, nao me parece muito provavel que acabem em 2012. Me disseram que trata-se de uma profecia asteca, mas convenhamos, que o mundo já acabou para os astecas há bem mais tempo, lamentavelmente.

Se acabar em 2012, será uma pena. Até lá, eu já terei ido para muitos lugares, mas ainda faltarão muitos outros. Na minha lápide (se o mundo acabar, acho que não terei lápide!) gostaria que estivesse escrito que agora fui para o único lugar que faltava conhecer. Que bom que ainda faltam tantos...

E por falar em cartomante, se tudo der errado na minha vida profissional e se eu precisar virar estelionatária para sobreviver, esta será minha escolha de profissão.
Consigo me imaginar, falando seriamente, para a pessoa na minha frente, alguns chavões. Enquanto isto não acontece, em vez de ganhar dinheiro com isto, vez em quando eu jogo dinheiro no lixo com isto!





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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Ora Horas!

Meu relógio quebrou.
Era um relógio bem sem gracinha, mas com alguns quesitos fundamentais: números, era pequeno para acomodar-se bem no meu pulso ínfimo e era discreto (o relógio, não meu pulso).
Resolvi fazer uma tentativa: não vou mais usar relógio. Tenho como saber as horas no celular, no computador, no painel do carro. Suficiente.

Além disto, tenho um relógio biológico dentro de mim. Quando o estômago começa a grudar nas costas e a roncar: são 11hs da manhã. Ainda tem que esperar 1 hora para os restaurantes abrirem. Quando dá uma vontade louca de fazer xixi, faltam ainda 15 min para chegar em casa, quando o melhor do sonho está em curso, eu estou voando, ou nadando com as baleias, é a hora de acordar e ir trabalhar. Quando começa a dar um friozinho na barriga, é domingo 23hs, quase segundona.

Lembrei que existem 2 tipos de pessoas que não usam relógio: aquelas que verdadeiramente não se importam que horas são, que chegam atrasadas invariavelmente para tudo, que não sabem nem que dia da semana estão, e aquelas que pretensamente não ligam para as horas, mas na verdade, passam o dia todo perguntando para quem está ao lado: que horas são?

Conclui que não me enquadro em nenhum dos dois grupos e comprei um relógio novo. Foram 48hs sem meu companheiro fiel, aquele que legitimiza a minha fome, que me acompanha nas horas aflitas em que estou atrasada para algo, que me ajuda a passar pelo tédio, enfim que faz parte do meu corpo.

Considerando que não tenho idéia se alguém ainda lê o que escrevo, e a falta de comentários, aproveito para me perguntar: será que é hora de aposentar este blog?