sábado, 24 de outubro de 2009

Rainbow

Eu sempre achei esta história do pote do ouro no fim do arco-iris uma bobagem. Sim, um lado meu cética, desde criancinha já imaginava que tratava-se de lorota, mas não é por isto que nunca gostei.
Primeiramente, eu sempre achei que seguindo a lei de murphy bastaria chegar a uma das extremidades, para constatar que o tal do pote estaria na outra.

Mais do que isto: Eu sempre achei que o arco-iris em si era muito mais interessante que o possível pote de ouro da extremidade. É tão raro e tão lindo. Aquele feixe de luzes coloridas. Não tem como não se emocionar. Um arco-iris sempre surpreende.

Com toda esta chuva dos últimos meses, ainda não vi nenhum.
Ah, estas coisas que acontecem quando a gente menos espera...

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Tsunami

Teve um ano que foi um tsunami em minha vida. O ano de 2006.
Muitas mudanças voluntárias e involuntárias choacoalharam tudo a minha volta.
Quando fui para a Tailandia, quase 2 anos depois, do Tsunami lá e do meu tsunami pessoal, fiquei muito impressionada com tudo, fui conhecer com sobreviventes, gente que reconstruiu a vida, gente que continuou traumatizado, entre outros.

Tsunami ou não tsunami, um caldo é um caldo e machuca até a honra.
E eu tomei o maior caldo no domingo, e não foi figurado, foi real.
Estava na praia do Leblon, uma versão kieviana da garota de ipanema. Protetor solar fator 60, biquini tomara que caia. Caiu. A onda derrubou tudo. Quando vi aquela onda vindo, mergulhei, mas nao teve jeito.
O resultado foi patético.
Minhas pernas foram parar nas minhas orelhas. Meu biquini foi parar na testa. Fui rolando e ralando na areia. Na hora dá vontade de rir e chorar ao mesmo tempo.
No fim, quando você finalmente para, esta bem no rasinho, a água na altura do tornozelo, e eu lá, toda desfigurada e envergonhada!

E o pior é que não era um tsunami, uma onda de 5 ou 10m. Era uma onda usual do Leblon. O que não era usual, era a paulista mané por lá.

Moral da história: Ressaca, só se forem os olhos da capitu
Moral 2: malandro é malandro, mané é mané
Moral 3: viver é perigoso

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Homenagem a um amigo que se foi

Um amigo que tinha grandes tiradas. Sempre tinha uma frase divertida para momentos propícios.
"casamento é igual a piscina gelada. O primeiro pula, tá aquele frio dos inferno e ele chama todo mundo: vem, vem que é ótimo"

"casar é bom, mas queimar no inferno é melhor"

"a gente fala mal de amigo pelas costas, que é para não magoar"

Era aquele tipo de cara que a simples presença já faz o lugar ficar divertido. O jeito de falar já era engraçado. Inteligente, se fazia de bobo. Machista, não tomava uma decisão sem consultar a esposa.

E ele se foi. Não é que ele tenha morrido, felizmente não foi isto o que aconteceu, mas a alegria dele partiu. Fez algumas escolhas estranhas, tomou atitudes controversas, e a convevivência com ele não será mais possível.

Que pena!

domingo, 4 de outubro de 2009

Vocabulário

Cada profissão tem seu vocabulário típico. Parece uma forma de excluir os outros, ou de mostrar uma unidade, ou de exibir um saber específico.
Cancêr nuncaé câncer para os médicos e sim CA.
Verruga nunca é verruga, sempre tem um termo muito mais difícil.
Área financeira então, nem se fale! A coisa às vezes é tão simples, algo como comprar ou vender, e tudo é transformado em derivativos, vested ou não vested, etc, etc.
Os psicólogos adoram falar de transferência, contratransferência, posições tardias, e assim vai.
Os que mais me divertem são os decoradores. As cores não combinam, elas compõem. Os móveis não são móveis, são peças. As peças precisam conversar entre si. Fico preocupada com meu criado-mudo que não conversa com ninguém. Super fora de moda.