Sete pessoas em uma casa de praia.
Amigos de 20 anos e agregados que já são de casa.
Churrasco do bom, acompanhado de um arroz didático, salada e vinagrete.
Baralho, risada, praia, chocolate e goiabada.
Em 2 dias - dos sete, três caíram. Literalmente.
Dois caíram da cadeira, em um intervalo de meia hora. Tão desajeitadamente que nem deu vontade de rir. Não se machucaram. Uma era a amiga que vai entrar para a minha vida, como a pessoa que me ensinou a fazer um doce maravilhoso de marzipa.
Um escorregou no tapete da sala, e despencou, tentando equilibrar-se na parede. Talvez se a camiseta tivesse menos de 17 anos, teria dado maior estabilidade.
Eu não caí. Não que eu ande lá muito equilibrada, mas consegui me manter sentada ou de pé, ou caminhando sem tropeços. No entanto, acho que desenvolvi um excesso de empatia. Não caí, mas comecei a sentir uma dor muito estranha.
A dor foi piorando, piorando, e como vou para mais um fim de mundo daqui a alguns dias, achei melhor ir ver o que é logo. Era um problema na escápula. Um osso das costas, com uma musculatura machucada.
Eu nem sabia que tinha uma escápula!
Moída.
E torrada. Algo de estranho aconteceu. Esqueci de passar protetor solar nas pernas e fui caminhar na praia.
Como diria meu amigo, nosso grupo de sete, eu a mais branca, mas todos em tons degrades não muito superiores, parecíamos chegados de Kiev.
Agora estou completamente torrada nas pernas, frente e costas. A dobra do joelho (axila do joelho?) estará 100% do tempo em evidência na minha vida nos próximos dias.
Espero que minha escápula recupere-se logo. Tá dificil de deitar, de abaixar, e mais triste, de rir.
Pelo menos já estou tomando relaxante muscular e anti inflamatório, e em 2 dias a dor deve passar.
Poderia ser bem pior, poderia estar com dor de excrápula!
domingo, 14 de dezembro de 2008
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7 comentários:
Salve, Dimitrieva!!
"Aqui em Kiev estão jogando futebol...mas o que eu quero é lhe dizeeer:
que vc é uma excelente cronista!
Adorei o fim de semana, mas percebi que que ele foi muito mais especial depois que contado em prosa e verso por vc!!
Acho que às vezes a gente está tão ocupado e pré-ocupado com as voltas e revoltas da nossa neurose, que não se dá conta que nas coisas mais simples da vida estão algumas das maiores riquezas da gente: boas rizadas dadas entre amigos.
Valeu, Dimietrieva! Estava precisando disso...
beijo grande,
Nicolaiov
Tem pressa nao... ateh casar passa!
Este site eh anonimo, mas com amizades de mais de 20 anos, quedas a torto e a direita, dores aqui e ali, sinto que a idade jah nao eh mais anonimato ;-)
Viva nohs sexagenarios!
Que catzo é um arroz didático??
Arroz didático, é aquele feito, em volta de 2 ou 3 pessoas que não sabem fazer arroz, com as devidas explicações de como deixá-lo bem soltinho e bem temperado.
Pois é, apressadinha...
A gente nota a idade quando os ossos começam a se esfacelar sozinhos; quando paramos de dar gargalhadas das quedas dos amigos e, ao invés disso corremos pra ajudar; e....
NO MEU CASO, quando, no vestiário da hidroginástica (que compartilho com todas as velhas e gordas do bairro), começo a escutar papos sobre os "calores", os "hormônios" e perguntas: "Fulana, quando parou de descer pra você?"
Enfim, quando escuto tudo isso e não sinto vontade de rir, mas, compreensivamente, me ponho a escutar, já ciente de que o papo me vai ser útil um dia...
É A IDADE CHEGANDO, MINHA VELHA!!
Minha esperança é que a próxima torrada e moída seja uma embalagem tamanho família de castanha do Pará!
Só não entendi a parte de que seria pior se fosse dor de excrápula. Por acaso ela passa até o próximo nextcrápula?
Cri cri
Se as castanhas do Pará fizerem barulho a noite, mais alguém vai ficar com dor na escápula...
Bisturi Amarelo
Como assim? Você trocou o marinheiro reformado e a freira com maiô mais decotado que o nosso por outro grupo de algas flutuantes?
tempressanao
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