terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Caça e caçador


Calmazze! O Fabio Junior não vai aparecer por aqui, e não tenho visto estrelas soltas pelo céu da boca.


Outro dia, um conhecido disse que não entende por que há tamanha comoção com o mico leão dourado. Segundo ele, e daí se este bicho que não muda em nada nossa vida, desaparecer. É claro que fiquei em estado de choque com a declaração.


Mas recentemente, em uma conversa com amigos descobri algo que me deixou ainda mais apavorada. Descobri que a maioria das pessoas, quando assiste uma daquelas cenas típicas do National Geographic, de perseguição, torce pelo caçador.

Como assim?!?

Você vê a leoa, correndo como um animal faminto e torce para que ela consiga alcançar o pobre indefeso do veadinho?

Eu sempre torci para o veadinho escapar, dar um olé na leoa (uau, quase uma aliteração).

OK, entendo que a leoa vai ficar com fome, que existem centenas de milhares de veadinhos pela savana, mas eu quase sempre torço pelo mais fraco.

Fiquei com uma dúvida: será que torcer pelo mais fraco me torna uma anti-darwiniana? Não! Claro que não, Darwin sempre falou dos mais adaptados, nunca dos mais fortes (afinal como o besouro de alter do chão sobreviveu dentro da minha mala e pulou para fora dela quando chegou no meu apartamento?)


Talvez a maior dificuldade seja definir quem é o mais frágil. Só por que a leoa é maior, tem garras afiadas, isto faz dela mais forte? talvez não. talvez ela seja bem frágil. Quem vai saber como ela lida com a fome e com a frustração de ter perdido a caça?









3 comentários:

Anônimo disse...

vai no cabeleireiro? faz umas comprinhas? abre uma nutella?
mother nature

Anônimo disse...

deixa pra lá, já já aparece outro veadinho...

Anônimo disse...

Relaxe, torcer pelo mais fraco não te torna anti-darwiniana, te torna subversiva! hahaha Imagina o que o seu heroi Dioguito ia achar de uma aberração como essa?