A geladeira da minha casa quebrou. Um amigo me deu a geladeira dele, semi novinha, que estava sobrando na casa dele, mas ela é um pouco pequena. Mais ou menos do meu tamanho, quase nao cabiam meus imas na porta.
Fui ver preço e modelo de geladeira nova.
Fiquei impressionada com a variedade e incomodada com algumas coisas.
Tem geladeira com compartimento para tudo! Gavetinha para coisas light, lugar para latinhas, para frutas, para cada item. Sou contra! Sou a favor da democracia da geladeira, com direito a criatividade e a capacidade de empilhar coisas. Sou a favor do risco de abrir a geladeira e algo cair. E sou a favor de procurar lá no fundo onde estão as coisas e ser surpreendida por alimentos ou superbonder esquecidos há muito tempo.
O que me deixou atônita foi ver na loja uma geladeira com piloto automático! Como assim? Onde a geladeira pensa que vai? Será que se der fome no meio da noite e eu chamá-la ela virá sozinha até o quarto? Será que ela fará balisa entre o fogão e máquina de lavar? Será que o piloto automático pilota o fogão?
Sei não, considerando que quase nunca tem nada para comer na minha casa, que a maior parte do tempo um frigobar seria suficiente, que geladeira dada não se olham os dentes (nem os de alho), resolvi ficar com esta mesma por enquanto.
quarta-feira, 21 de abril de 2010
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Nuvem negra
Uma vez, numa viagem, vi uma exposicao chamada: A terra vista de cima. Eram fotos maravilhosas tiradas por um fotografo que sobrevoou o mundo todo.
Fiquei tão impressionada que comprei o livro, e folhando cuidadosamente mais tarde, percebi que as fotos mais lindas, tinham sido tiradas na Islândia.
Em uma outra viagem, passando um frio descomunal em uma trilha, conheci um islandês que estava de camiseta de manga curta. Eu estava congelando e ele, vindo de Iceland, estava provavelmente curtindo um verãozinho frente ao vento patagônico.
Até a crise financeira do ano passado, estas eram basicamente as ocasiões que eu tinha ouvido falar da Islândia, mas que foram suficientes para despertar meu interesse de ir conhecer. E eis que em novembro do ano passado marquei uma viagem para lá, para junho deste ano. No entanto, planos coletivos tornaram-se individuais, e achei que não era o lugar para ir sola.
Bom, se eu não acreditava em sinais divinos, parece que o quase fim dos tempos que a Islândia está causando na Europa nos últimos dias, me diz para pelo menos duvidar um pouquinho...
E, se apesar de todas as cinzas, o fotógrafo do helicoptero pudesse fotografar a Islândia neste momento, eu tenho certeza que seriam as fotos mais maravilhosas do livro dele, porque às vezes a nuvem negra tem seu propósito e as cinzas servem para nos fazer ver que o mundo não é preto e branco.
"Earth from above" - Yann Arthus-Bertrand
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