terça-feira, 16 de novembro de 2010

Todos os nomes

Recentemente descobri que cada membro de minha família pronuncia nosso sobrenome comum de formas diferentes. Há espaço para um sotaque mais afrancesado, mais polaco ou totalmente abrasileirado, espaço para o M mais ou menos pronunciado, com som de N ou não, T mudo ou não tão mudo assim, somente um pouco fanho, etc.

Um dia destes, um dos meus primos, no check in da companhia aérea foi soletrar o sobrenome e a atendente interrompeu:
- Meu senhor, preciso do seu sobrenome, e não do código da reserva.

É verdade, temos que reconhecer que este sobrenome parece um código de reserva. Aqui, no Brasil. No check-in de alguma companhia do leste europeu, talvez um Souza pareça código de reserva. Muita vogal numa palavrinha tão pequena...

Eu sei que existe uma convenção para soletrar. Não estou me referindo a uma música infantil que falava: a de amor, b de baixinho, c de coração Estou falando de uma convenção que penso que deve vir da época do Telex.

A de amor;
B de bola
C de casa;
D de dado...

Me dei conta de que eu utilizo muitos animais para soletrar:
E de elefante, M de macaco (quando a maioria das pessoas, diz M de Maria), T de tatu, R de rato, mas o que me impressionou foi nesta semana, ouvir a seguinte forma de soletrar: T de tamanco. Tamanco? E não parou por aí... S de sapato. Fiquei estupefata. Fiquei pensando se será que é possível encontrar letras para todos os tipos de calçados! E de escarpin, C de chinelo, H de Havaianas! P de pantufas!

Me lembrei que um dia, uma pessoa do meu lado, no trabalho, tinha que soletrar algo, e a pessoa do outro lado do telefone era um tanto quanto limitada, o que fez com que quem soletrasse tivesse que repetir várias vezes, até que já muito impaciente gritou, pela última vez: B de Burro, J de Jumento...

2 comentários:

Anônimo disse...

meu sobrenome termina com m de maria.

um dia recebi uma carta que me identificava assim:

"S***** G********m de Maria"

abs
sgold

cri cri de volta disse...

E uma conhecida tinha um namorido que viva num bar em frente à FAAP - não, ele nem sequer estudava lá, mas tinha uns amigos que sim, pagavam a mensalidade para ficar no bar. Um dia, ela se descobriu sem as chaves de casa, esperando pelo tal namorado em frente ao bar. Para piorar, não tinha como falar com ele por alguma razão. A saída foi apelar para uma terceira pessoa que, por sua vez, precisou que ela soletrasse o nome do lugar onde estava: "B de bosta, U de urubu, I de idiota e M de merda".