A foto acima foi tirada no museu do apartheid na Africa do Sul.
Alguns critérios de classificação eram tão subjetivos, que as pessoas mudavam de classificação vez em quando, passando a ter, ou deixando de ter vários privilégios, regalias, obrigadações, regras, etc.
Um dos critérios era o cabelo crespo. Logo, eu sou negra.
Na África fui batizada por um Zulu de Balissa. Significa flor. Adoro meu nome zulu. Meu sobrenome, em uma das versões, significa canela.
Agora é um ótimo momento para ser negra, afinal como grande parte dos meus semelhantes, me orgulho imensamente do novo presidente dos EUA. No entanto, confesso que fiquei cabrera com o fato de que sua esposa e suas filhas apareceram na festa da posse de chapinha.
Poxa, que oportunidade elas tinham de desfilar e inspirar o mundo com seus cabelos crespos.
Senti-me muito solitária. Além das dezenas de amigas que fazem escova, agora até a primeira dama e primeira e segunda filha negam a crespisse?! Lamentável.
Estou indo para Natal por uma semana. Só por precaução, estou levando filtro solar 60, pois temo que minha negritude torne-se uma vermelhitude...
3 comentários:
nega
Natal é muito longe e, além do mais, já passou. Volta logo que os micos da solteirice ficam melhor quando compartilhados com uma rival a altura
Curly hair means nothing, respect by what you really want to BE is the most important thing in life. I admit your eagersness to show the world that it is time to "etre bien dans sa peau", but consider the human fucking factor that nobody is satisfied with him/herself, in a way it demonstrates a huge desire for to change, even if it is only a pshysical trait. It is already a start, for changing the state of BEING.
Ass: Globetrotter (the idealist)
impaciente sou eu.
onde estao os novos posts?
mother nature
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