sexta-feira, 7 de maio de 2010

São Pedrinho

Dar nome aos bois não é fácil, mas dar nome às coisas é ainda mais díficil.
Algumas vezes participei, sériamente ou de brincadeira de conversas para ajudar amigos a batizarem empresas ou projetos.
Me lembro bem de uma vez, num restaurante com dois amigos, ficamos algum tempo tentando ajudar a amiga de um deles a definir o nome de um restaurante que ela ia abrir. Não chegamos a conclusão nenhuma, mas batizei um projeto do trabalho naquele dia com as sugestões. Desnecessário dizer que o projeto (de recursos humanos) nada tinha a ver com gastronomia.
Outra vez, um grande amigo, me ajudou a batizar este blog, lembrando que esta é uma das frases que eu mais falo, dada a minha conhecida intolerância a lerdeza humana.

Uma outra vez, fui convidada por uma amiga, para me juntar a um grupo de umas 10 pessoas, todos munidos com diferentes dicionários (inglês, mitologia, latim, entre outros) e vinho com o objetivo de escolher o nome da empresa dela. Lá pelas tantas, chegamos a 4 finalistas.

Fui sempre mal sucedida em palpitar nos nomes dos filhos dos amigos. Nada de surpreendente uma vez que eu sempre disse que se um dia tivesse uma filha, gostaria que ela se chamasse Isolda, homenagem a Isolda das mãos brancas, personagem frágil e fortíssima que tanto gosto na literatura.

E hoje novamente estou opinando na escolha de um nome para a empresa de uma grande amiga. Não está fácil. Em conversa com ela hoje, ela me disse: às vezes a gente simplesmente se acostuma com o nome, e ele torna-se natural. Concordo. Isto acontece.
A gente fica tentando relacionar a atividade a algum nome de grande impacto, e às vezes, um simples nome de fato torna-se super natural.

Me lembrei do livro do Saramago: Todos os nomes, e do personagem (cujo nome não me lembro, José, talvez) que trabalha em um cartório de nomes.

Curiosamente hoje peguei uma indicação com uma vizinha sobre um fornecedor para fazer um suporte de vidro para minha casa e o nome do estabelecimento era simplesmente: São Pedrinho!

5 comentários:

Anônimo disse...

De fato, nos acostumamos ou nos apaixonamos e certos nomes ficam naturais.
No entanto, isso não tira o significado que mora dentro do som de outros.
Por exemplo, cenoura devia ser um chapéu. Basta repetir com calma: CE-NOOOOOOOU-RA. O som da palavra é circular.
O mesmo vale para Isolda, que devia ser bala de goma.
I-SOLLLLLLL-DA. É um som que enche a boca de gosma, gosma boa, mas gosma.

Ass: Bisturi Amarelo
Portanto, quando a minha sobrinha nascer, ela pode ter qualquer nome, até OTTA. Todos menos ISOLDA.
A propósito, o meu digníssimo marido disse que a opção OLARIA lembra barro. E barro lembra "número 2". Ele batizou meu negócio de "barro amassado".

Anônimo disse...

Falando em fumaça preta (uns posts abaixo), comigo aconteceu algo tragicômico. Me senti em Lijjjjboa, mas a portuguesa fui eu.
Estava na Paulista, um caminhão soltando fumaça pior que a de Lost parou na minha frente no meio do trânsito. Eu logo pensei - orgulhosa do meu raciocínio ligeiro - vou ligar o ventilador, pra misturar o ar e não inalar esta fumaça horrorosa.
E, ora pois, como se faz em Lijjjjboa, eu liguei o ventilador com o "coisinho" para vir "ar de fora", e na intensidade MÁXIMA, pra realmente não sentir o cheiro.
Resultado, quase me suicidei involuntariamente com monóxido de carbono.

Anônimo disse...

prezado bisturi amarelo.

em relacao ao seu primeiro posto, fique longe das drogas pesadas (vicodin?).
já o seu segundo post é mais compreensivel.
abs
mother nature.

Anônimo disse...

prezada impaciente:

esse blog está muito quieto. para onde voce vai viajar neste julho? galapagos ainda está de pé? o que vc anda aprontado?

brither nature

Anônimo disse...

well, se vc for ao golfo do mexico, nao vai precisar de oleo bronzeador...

b.n. again