domingo, 13 de dezembro de 2009

Seu delegado prende o Tadeu

Soube que no meu predio tinha um morador que é um delegado e que é um cara super casca grassa, que agride a esposa verbal e fisicamente.
Dizem as más línguas do prédio que ele xingava ela de vaca, e que batia nela.
Eu achava que o tal do delegado era um determinado cara.
Um careca, que mora aqui, meio fortao, com uma cara muito invocada, que as vezes eu encontro no sala de ginastica, fazendo esteira.
Eu mal cumprimentava o cara, apenas grunhia um bom dia, ou boa noite, dependendo da cor do ceu, e me resignava do outro lado, olhando o cara, de rabo de olho, vez em quando, e mentalmente querendo dizer para ele que ele era um imbecil, um idiota, que nada justifica agredir uma outra pessoa fisicamente, principamente sua esposa, etc, etc, etc.

Eis que outro dia o zelador me conta que o tal do delegado mudou de prédio. Alugava aqui e deixou de alugar.
Achei ótimo. Um doido a menos aqui.

Pois outro dia, estou na garagem e vejo o tal do delegado por quem, secetamente nutro um ódio imenso, e por outro lado, não de forma paradoxa, morro de medo.

Perguntei para o zelador: o que o ex inquilino faz aqui?
- ex inquilino?
- sim, o tal do delegado
- o delegado nunca mais apareceu por aqui
- aquele careca nao e o delegado?
- nãoooooooooo............. aquele não é o delegado.....

Ou seja, passei meses com medo do cara errado!

Claro que achando que o cara era o delegado, já tinha concluído que a cara dele era mesmo de dar medo, que o olhar era violento, etc, etc.
Acho melhor nem saber agora qual é a profissão deste aí. Se souber que é veterinário de chinchila vai ser mais constrangedor!

sábado, 5 de dezembro de 2009

Ladrão que rouba ladrão...

O restaurante próximo ao meu trabalho é bastante simples, com PFs gostosos e a preços honestos.
Na semana passada, ouvimos tiros nos arredores, por volta das 11hs da manhã. Rapidamente a notícia espalhou-se de que este restaurante tinha sido assaltado.
Na hora do almoço, passamos por lá e perguntamos o que houve.

Segue narrativa da filha do dono do restaurante:

"Foi antes do restaurante abrir. Chegaram 2 homens, com avental branco e disseram que eram da vigilância sanitária.
Eu falei: espera aí, que eu já trago a propina, mas eles foram entrando e disseram que iam fechar o restaurante, então meu irmão viu, achou que era falso, e perguntou onde estava o documento provando que eram da vigilância sanitária.
Eles disseram que era o crachá que valia. Meu irmão não acreditou e pegou a arma. Eles disseram que era um assalto, e puxaram a arma. Meu irmão atirou para cima, e eles fugiram correndo."

A história do assalto já caiu em segundo ou terceiro plano. O mais incrível foi a naturalidade que a mulher contou a seus clientes que iria pagar propina.

Moral da história: imaginem como deve ser a cozinha do estabelecimento...

Moral da historia 2: a comida é boa, e seja lá quais forem os vermes, já estou habituada a eles

Dias úteis

Faltam 10 dias para as férias. 10 dias de trabalho.
Não posso chamar estes dias de úteis. Úteis são os dias que eu não tenho que acordar com o despertador, não tenho que colocar roupa de trabalhar, não tenho que esperar meio dia para poder comer.
Outro dia, resolvi quebrar a ditadura do relógio e sai para almoçar as 11:15, no trabalho. Os restaurantes dos arredores não estavam abertos!

É isto que é considerado dia útil?

Lamentável...

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Vai para o tanque, D. Geralda!

Hoje eu estava no trânsito e um cara pediu passagem.
Eu estava falando no celular com uma amiga, sim, eu sei, tuuuuudo errado, e não vi que o cara tinha pedido passagem.
Eis que o moço abre a janela do carro, e diz:

"Sabe, às vezes a gente precisa de passagem, e às vezes a gente precisa dar passagem para os outros. Isto se chama reciprocidade!"

Eu fiquei envergonhada. Ele tinha toda razão.
E fiquei muito surpresa: só estou acostumada com xingamentos tenebrosos ou o famoso: Vai para o tanque, D. Maria!

Ah, com estes ando bem acostumada!

sábado, 24 de outubro de 2009

Rainbow

Eu sempre achei esta história do pote do ouro no fim do arco-iris uma bobagem. Sim, um lado meu cética, desde criancinha já imaginava que tratava-se de lorota, mas não é por isto que nunca gostei.
Primeiramente, eu sempre achei que seguindo a lei de murphy bastaria chegar a uma das extremidades, para constatar que o tal do pote estaria na outra.

Mais do que isto: Eu sempre achei que o arco-iris em si era muito mais interessante que o possível pote de ouro da extremidade. É tão raro e tão lindo. Aquele feixe de luzes coloridas. Não tem como não se emocionar. Um arco-iris sempre surpreende.

Com toda esta chuva dos últimos meses, ainda não vi nenhum.
Ah, estas coisas que acontecem quando a gente menos espera...

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Tsunami

Teve um ano que foi um tsunami em minha vida. O ano de 2006.
Muitas mudanças voluntárias e involuntárias choacoalharam tudo a minha volta.
Quando fui para a Tailandia, quase 2 anos depois, do Tsunami lá e do meu tsunami pessoal, fiquei muito impressionada com tudo, fui conhecer com sobreviventes, gente que reconstruiu a vida, gente que continuou traumatizado, entre outros.

Tsunami ou não tsunami, um caldo é um caldo e machuca até a honra.
E eu tomei o maior caldo no domingo, e não foi figurado, foi real.
Estava na praia do Leblon, uma versão kieviana da garota de ipanema. Protetor solar fator 60, biquini tomara que caia. Caiu. A onda derrubou tudo. Quando vi aquela onda vindo, mergulhei, mas nao teve jeito.
O resultado foi patético.
Minhas pernas foram parar nas minhas orelhas. Meu biquini foi parar na testa. Fui rolando e ralando na areia. Na hora dá vontade de rir e chorar ao mesmo tempo.
No fim, quando você finalmente para, esta bem no rasinho, a água na altura do tornozelo, e eu lá, toda desfigurada e envergonhada!

E o pior é que não era um tsunami, uma onda de 5 ou 10m. Era uma onda usual do Leblon. O que não era usual, era a paulista mané por lá.

Moral da história: Ressaca, só se forem os olhos da capitu
Moral 2: malandro é malandro, mané é mané
Moral 3: viver é perigoso

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Homenagem a um amigo que se foi

Um amigo que tinha grandes tiradas. Sempre tinha uma frase divertida para momentos propícios.
"casamento é igual a piscina gelada. O primeiro pula, tá aquele frio dos inferno e ele chama todo mundo: vem, vem que é ótimo"

"casar é bom, mas queimar no inferno é melhor"

"a gente fala mal de amigo pelas costas, que é para não magoar"

Era aquele tipo de cara que a simples presença já faz o lugar ficar divertido. O jeito de falar já era engraçado. Inteligente, se fazia de bobo. Machista, não tomava uma decisão sem consultar a esposa.

E ele se foi. Não é que ele tenha morrido, felizmente não foi isto o que aconteceu, mas a alegria dele partiu. Fez algumas escolhas estranhas, tomou atitudes controversas, e a convevivência com ele não será mais possível.

Que pena!

domingo, 4 de outubro de 2009

Vocabulário

Cada profissão tem seu vocabulário típico. Parece uma forma de excluir os outros, ou de mostrar uma unidade, ou de exibir um saber específico.
Cancêr nuncaé câncer para os médicos e sim CA.
Verruga nunca é verruga, sempre tem um termo muito mais difícil.
Área financeira então, nem se fale! A coisa às vezes é tão simples, algo como comprar ou vender, e tudo é transformado em derivativos, vested ou não vested, etc, etc.
Os psicólogos adoram falar de transferência, contratransferência, posições tardias, e assim vai.
Os que mais me divertem são os decoradores. As cores não combinam, elas compõem. Os móveis não são móveis, são peças. As peças precisam conversar entre si. Fico preocupada com meu criado-mudo que não conversa com ninguém. Super fora de moda.

sábado, 19 de setembro de 2009

Fazer ou pagar para fazerem?

Tem gente que nasceu com a capacidade de consertar coisas. E tem gente que nem sequer se atreve a tentar consertar coisas e que quando tenta, só se dá mal.

Trouxe da Tailândia, uma bela estátua de artesanato. A estátua quebrou no vôo. Comprei superbonder para colar a parte quebrada. Tendo em vista meu histórico com superbonder, resolvi usar um pano, para não colar o dedo na estátua. Foi um desastre: colei os quatro dedos no pano e o pano na estátua. Haja água corrente para soltar tudo. Os dedos ficaram com cola por uns 3 dias.

Acho incrível aquelas pessoas que sabem desmontar uma tomada, arrumar fio, fio acola. E nada tem a ver com instrução, afinal nunca vi um eletrecista, ou encanador, com PhD. Parece ser algo nato.

Hoje sugeri a uma pessoa que precisava levar um quadro gigantesco, de presente de casamento, para o interior, que amarrasse em cima do carro. A outra opção era despachar via correio (em greve) ou alugar um carro imenso para que o quadro coubesse.
Ele comprou plástico bolha, preparou uma treliça para amarrar o quadro no capô do carro e partiu em viagem. Resultado: o quadro quebrou no meio, ele que era o padrinho do casório, não chegou a tempo, porque teve que parar várias vezes na estrada para re-amarrar o quadro, inutilmente, já que quebrou no fim da história, e eu ainda estou me sentindo culpada por ter dado a ideia de girico.

A propósito, não sei o que é girico, mas parece que suas ideias fazem parte da minha especialidade

domingo, 6 de setembro de 2009

Óculos e Ósculos

Usei óculos muitos anos. Um mais feio que o outro, uma mais frágil que o outro, o que me deixava bastante estressada, afinal já fui míope de 6 graus. Ah, quantas vezes não quebrei os óculos. Perder, nunca perdi. Nenhum míope de 6 graus perde os óculos. Não é louco.
Depois veio a lente de contato. Era super cara e trabalhosa, tinha que ferver todos os dias, um momente de cuidados. Aos 23 anos me livrei disto tudo. Não tem preço enxergar o shampoo no banho depois de 15 anos. Não teve preço acampar em machu picchu sem precisar me preocupar com a chuva embassando os óculos ou com os cuidados de higiene da lente de contato.

Grande parte dos meus amigos que também operaram, tiveram suas míopias (ou parte delas) retornadas. Felizmente ainda não fui inclusa neste grupo. Nem tampouco, pela idade, no grupo dos que precisam de óculos para ler. Ainda tenho alguns anos para aproveitar.

E eis, que subitamente, as animações que eu tanto gosto de ver no cinema, passam a exigir óculos, porque são 3D. Why the hell???

Não me faz diferença se os balões do Mr. Friederissen estão a um palmo de distância. A beleza deles está nas cores e nos sonhos, e não na proximidade.

E fiquei pensando em quem é míope e tem que colocar um óculos sobre o outro. Que chatice!

A miopia sai de você, mas você não sai da miopia!

domingo, 16 de agosto de 2009

Fortune teller

Quando aprendi o tempo verbal do futuro em inglês, me lembro que a lição era de uma cartomante. You are going to, you will, etc.

Sempre fui do tipo que fico com um olho no agora, mas meio míope ainda, e um olho com uma visão tentando ser bem aguçada no futuro. Eta pêndulo entre passado e futuro, que quase nem para no presente.
Uma mistura de nostalgia com uma antecipação.

Hoje eu soube de uma teoria que o mundo vai acabar em 2012. Bom, ja sobrevivemos a 1999, nao me parece muito provavel que acabem em 2012. Me disseram que trata-se de uma profecia asteca, mas convenhamos, que o mundo já acabou para os astecas há bem mais tempo, lamentavelmente.

Se acabar em 2012, será uma pena. Até lá, eu já terei ido para muitos lugares, mas ainda faltarão muitos outros. Na minha lápide (se o mundo acabar, acho que não terei lápide!) gostaria que estivesse escrito que agora fui para o único lugar que faltava conhecer. Que bom que ainda faltam tantos...

E por falar em cartomante, se tudo der errado na minha vida profissional e se eu precisar virar estelionatária para sobreviver, esta será minha escolha de profissão.
Consigo me imaginar, falando seriamente, para a pessoa na minha frente, alguns chavões. Enquanto isto não acontece, em vez de ganhar dinheiro com isto, vez em quando eu jogo dinheiro no lixo com isto!





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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Ora Horas!

Meu relógio quebrou.
Era um relógio bem sem gracinha, mas com alguns quesitos fundamentais: números, era pequeno para acomodar-se bem no meu pulso ínfimo e era discreto (o relógio, não meu pulso).
Resolvi fazer uma tentativa: não vou mais usar relógio. Tenho como saber as horas no celular, no computador, no painel do carro. Suficiente.

Além disto, tenho um relógio biológico dentro de mim. Quando o estômago começa a grudar nas costas e a roncar: são 11hs da manhã. Ainda tem que esperar 1 hora para os restaurantes abrirem. Quando dá uma vontade louca de fazer xixi, faltam ainda 15 min para chegar em casa, quando o melhor do sonho está em curso, eu estou voando, ou nadando com as baleias, é a hora de acordar e ir trabalhar. Quando começa a dar um friozinho na barriga, é domingo 23hs, quase segundona.

Lembrei que existem 2 tipos de pessoas que não usam relógio: aquelas que verdadeiramente não se importam que horas são, que chegam atrasadas invariavelmente para tudo, que não sabem nem que dia da semana estão, e aquelas que pretensamente não ligam para as horas, mas na verdade, passam o dia todo perguntando para quem está ao lado: que horas são?

Conclui que não me enquadro em nenhum dos dois grupos e comprei um relógio novo. Foram 48hs sem meu companheiro fiel, aquele que legitimiza a minha fome, que me acompanha nas horas aflitas em que estou atrasada para algo, que me ajuda a passar pelo tédio, enfim que faz parte do meu corpo.

Considerando que não tenho idéia se alguém ainda lê o que escrevo, e a falta de comentários, aproveito para me perguntar: será que é hora de aposentar este blog?

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Abostecimento e remorso

Quando eu era criança, tinha uma vizinha de porta que não economizava um bom palavrão.
Morávamos no 1o andar e me lembro do dia em que entramos no elevador, e ao invés de descer, ele subiu, e ela soltou um sonoro: BOSTA!
Eu era pequena fiquei meio assustada, simultaneamente achei graça.
Desde então, aprendi que determinadas situações exigem um belo e bom palavrão.
Semana retrasada aprendi um novo, em italiano: Cacchio. É algo mais sutil que o velho e bom catzo. Segundo o milanes que me ensinou, dá até para falar no trabalho.

O Paulo Gaudêncio diz que mágoa e ódio de freira. Compreendo
Mas acho complicado gente que diz que está aborrecido. Aborrecido para mim tem a ver com tédio, e não com estar bravo, puto da vida com algo.
Melhor pôr para fora. Um bom BOSTA na hora certa, garante um dia tranquilo depois.
Os aborrecimentos não ditos podem estragar o dia.

Tenho tentado falar menos palavrao. Cada vez mais acho que devo deixar para o momento certo, para nao banalizar. Mas hoje, neste dia cinzento, um belo BOSTA melhora o dia!

E para terminar, uma frase do L.Verissimo que li ontem no livro dele (não trata-se de corrente falsa na internet): Deus criou o mundo em seis dias, descansou no setimo e arrependeu-se no oitavo, por isto a segunda-feira é o dia do remorso!

terça-feira, 14 de julho de 2009

Jericoacoara

Dia 1: festa julila - festival de quadrilha.

Perolas do apresentador:
- Esta quadrilha tem brilho, requinte e recanto (!)
- O melhor de Jeri, é o nordeste (?)
- Aproveitem para aproveitar a culinaria nordestina, pizza, baiao de 2.
- Vamos dar continuicao a festa (vixe)
- Os patrocinadores sao: mercado jacare, pousada mauricio, e muitos outros que eu estou lembrando agora
- Vou fazer um comunicativo
- Este bebe (que tinha alguns meses) e o futuro da cultura nordestina, e ano que vem, estara aqui dancando quadrilha (o nene deve ser um prodigio!)

Dia 2: 10 hs de vigilia, 14 hs dormindo. Encontro com velho amigo: o vinho - Le vin
Alugou uma casa a 100m da minha pousada. Tem um sapo monstruoso de grande morando na cozinha. Achamos que ele esta fazendo lista de casamento, pq passa parte do tempo mirando a geladeira, e depois vira e mira o fogao.
Estrategia do meu amigo para afugenta-lo: bater palmas. Ate agora nao funcionou nadica.

Dia 3: Tive que colocar o despertador para acordar depois de longa siesta para ver o por do sol - lindo!

Dia 4: passeio, praia, camarao no almoco e no jantar

Dia 5: intoxicacao alimentar - maca, bolacha e agua all day long...
Jogo de baralho na sombra, narrado pelo galvao bueno da italia (e serio!). O cara ta na mesma pousada que nosotras.

E ainda tem varios dias pela frente...

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Mais uma da série: Strange people around me

Ontem fui ao cinema com dois amigos.
Um deles escolheu o filme: “Trama Internacional”, bem chatinho (o filme, não o amigo que escolheu). E eis que no meio do filme ele se deu conta de que já tinha assistido. Primeiro achou que já tinha visto o trailer, depois achou que o trailer já visto era deveras longo, até que se lembrou que assistiu no avião!

A pior cena do filme é um tiroteio que acaba com o Guggenheim. Fica todo esburacado. Um pecado. E a única parte que valeu a pena, foram as tomadas aéreas de Milão, Istambul e New York.

Mais estranho foi o outro amigo, que eis que saca sabe-se lá de onde um sanduíche. Sim, o cara levou lanche para o cinema! E era um sanduba de mortadela. Inacreditável. E para complementar, experimentou uma torta holandesa, entre uma mordida e outra do sanduba.

E minha amiga foi fazer drenagem linfática, e teve que sair às pressas, porque o cara que faz lambeu a mão dela. Sim, vocês leram corretamente. O cara lambeu a mão dela. Não havia nenhuma desculpa para este ocorrido. Ela levantou-se e foi embora.

E para finalizar, fui a uma festa no sábado à noite e tinha lá um físico, amigo do aniversariante, que foi fazer mestrado na antiga ex União Soviética, em 1989, sim o ano da queda do muro. Ele tinha histórias ótimas, pena que deve ter aprendido oratória com o Suplicy, porque falava em um só tom de voz, e dava um sono....

Ele me lembrou de algo muito curioso que eu tinha esquecido. Quando fui para Rússia em 98, fui de Aeroflot e tinha uma escala na Ilha do Sal. E eis que no banheiro, haviam 2 torneiras: uma de água doce e uma de água do mar. Bem prático, principalmente se você emergencialmente precisar completar a água do seu aquário no aeroporto.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

A volta do capitão gancho

Hoje estou no maior mau humor. Não torço para time nenhum, e porque tenho que aguentar os fogos de artificio ate a 1 da manha, como se fosse reveillon!
Só não abri a janela para xingar os buzineiros, manobreiros e fogareios, porque seria pior.
Bando de desocupado que não tem que acordar cedo para trabalhar hoje!

Estou de TPF (tensão pós férias). Primeiro tenho que aguentar um monte de gente com com o comentário: férias, de novo? você só tira férias. Injusto! Eu tenho como qualquer brasileiro direito a 30 dias por ano. Vou tirar 10 agora e 20 no fim do ano. Por que todo mundo acha que eu vivo de férias, e não estava lá vendo quando acordei hoje cedo para vir trabalhar, depois de quase não ter dormido por causa dos curintianos.

Esta semana foi a penúltima aula do curso que estou fazendo em renomada Faculdade de Administração. Eis que a professora escreveu Execussão na lousa!

Ulala! Segundo o colega de classe, deve ser algo da reforma ortográfica. Concordo com ele, deve ser assim que se escreve em Erradópolis.

E para terminar de destilar o veneno, na aula, as pessoas adoram fazer comentários usando o chavão: aproveitando o gancho, para pegar o gancho, etc etc.
Mas o que e isto? Cambada de Peter Pan?

Pronto, desabafei!

Sininho

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Placar geral

Fui madrinha de 5 casamentos. Sempre digo isto.
Dois deles terminaram apos 2 anos.
Os outros 3 continuam firmes e fortes.
Então, sempre digo que tenho 40% de assertividade como madrinha.
Me pus a pensar qual seria a diferença entre estes casamentos que deram certo e os que ñão deram (ou deram, porém por um período mais curto, um bienio digamos assim).
E eis que não conseguia me lembrar quais foram os 5 casamentos! É claro que lembrei do casório da minha irmã, e de 2 amigas e os outros 2? Uf, lembrei mais 1. E o outro? Não conseguia lembrar de jeito nenhum. Péssimo, se não lembrasse, meu indicador de madrinha bem sucedida cairia de 60% para 50%.

Justo eu, que tenho uma memória irritante, do tipo que lembra o aniversário de namoro de uma amiga que já não namora mais com o cara há 18 anos! Aliás, nem é mais amiga próxima como já foi, e eis que: tchan! me lembro de quem era o quinto casamento que fui madrinha! Do irmão do ex namorado. Uf, e estava dentro dos 40% mal sucedidos. O tempo e a distância me permitem fazer um comentário: a noiva inspirou-se na Cinderela e foi exatamente com o vestido da Cinderela.

Para não perder algumas amizades, finalizo aqui, e evito colocar minha opinião sobre algumas bregaiadas de casamentos próximos ou não tão próximos.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Banguelas


Hoje em uma reunião do trabalho, em determinado momento ouço a pérola:

O cara tá mais perdido que azeitona em boca de banguela.
Pode ser que ninguem das 2 pessoas que leem este blog achem graça, mas na hora, eu tive um ataque de riso. Me pareceu tão engraçado imaginar a azeitona rolando de um lado para o outro em uma boca sem dente.

E na sequência, recebi uma mensagem de uma amiga, que me contou que estava em um bar, paquerando um cara que era exatamente seu tipo, e eis que o cara sorri, e lá está um buraco entre os dois dentes da frente, que pareciam um túnel da imigrantes, segundo a própria.

Não quero ser repetitiva, mas me lembrei que já mencionei aqui mínha possível vida passada de compradora de cavalos, tanto o valor que dou para um sorriso bonito.

sábado, 6 de junho de 2009

Eu te disse, eu te disse, eu te disse

Uma das minhas frases preferidas, voltou-se contra mim.

Hoje ouvi da minha manicure. Pois é, ela que morre de medo de avião. Passei 5 semanas tentando convencê-la a ir de avião para a Paraíba, e ela, com muito medo, mesmo pagando mais caro para ir de ônibus, decidiu encarar 3 dias para ir e 3 dias para voltar por causa do medo.
Quando voltou, ela me disse que pensou muito - e como teve tempo para isto - decidiu que no ano que vem vai de avião.
E eis que cai o avião da Air France. Infelizmente, não é o primeiro nem será o último a cair, mas certamente fez muito medroso mudar de ideia quanto a próxima viagem. Inclusive minha manicure!
E hoje, quando cheguei lá, assim que me avistou, ela imediatamente sorriu e disse: ah, pensei em você quando caiu o avião, viu como é perigoso. Eu, hein!

Conheço bem este gostinho do eu te disse, eu te disse, eu te disse!
Ele é bem mais prazeroso de ser falado que ouvido, mas achei divertido.

E fiquei pensando que eu também morro de medo de cobras e nem por isto deixo de ir para os lugares mais prováveis de encontrá-las. Como diz uma amiga: está com medo, vai com medo mesmo!

domingo, 31 de maio de 2009

Who wants to be a millionaire

Sentada em uma mesa de um café, com 3 amigos.
Surge uma dúvida: afinal, Judas dedou Jesus do quê?
Ninguém sabia.
Cada um tinha direito a uma ligação para uma pessoa
Ligo para um amigo, que sabe todo o cenário: monte das oliveiras, Judas avisa aos romanos que vai beijar a mão do culpado, e o faz. Resposta do meu amigo: a ficha criminal dele eu não sei qual era não.

Perdi minha chance.

Outro amigo liga para seu irmão. E eis que surge a resposta: Jesus era acusado de fazer balbúrdia porque se designava o Rei dos Judeus, com os fatos de ter transformado água e vinho e andado sobre as águas.

Eis que surge uma discussão sobre quando é necessário que o bebê nasca de forceps. Mas a ligação ao ginecologista que poderia dar a resposta é interceptada, porque se ligarem para ele, ele vai querer passar o Reveillon conosco, e não queremos!

Strange people!

terça-feira, 26 de maio de 2009

Bem me quer, mal me quer

Amanhã terei um dia daqueles que ninguem merece.
Das 9hs às 15hs, serei auditada em inglês, por 6, nada menos que 6 gringos!
A saber:
-1 turca
-1 chinesa
-1 suiço
-2 sul africanos
-1 escocês

Inacreditável! E para completar a quarta-feira, à noite tem reunião do condomínio, e preciso estar (nao, nao é para ver o vizinho antigo, nem o novo vizinho do andar de baixo, que é pastor, e sim porque 2 assuntos da discussão me interessam e impactam diretamente no meu bolso!).

Eta diazinho...

Só por curiosidade, li meu signo para amanhã. Brilhante! Meu cérebro turbinado vai ser desperdiçado nestas atividades mediocres e mundanas!



A mente dinamizada! Você estará vivendo, entre os dias 26/05 (Hoje) e 15/06, um ciclo de Marte e Mercúrio que só se repete de dois em dois anos, mais ou menos. É um ciclo poderoso, muito intenso, que costuma dinamizar enormemente o seu plano mental, verbal e intelectivo, mas o uso construtivo ou destrutivo deste aspecto dependerá unicamente de você, de sua maturidade. De todo modo, você sentirá como se seu cérebro tivesse sido subitamente turbinado neste período. A sensação pode ser a de que você tomou dez xícaras de café.

sábado, 23 de maio de 2009

O Toco do jumento

Quando a gente pensa que já conhece muito bem um amigo, ou uma amiga, a gente se surpreende!

Tenho uma amiga que conheço que é uma grande amiga há mais de 20 anos. Passamos por muitas coisas juntas, diversas demonstrações de cumplicidade, e eis que descubro, depois de todos estes anos, que ela tem uma queda pelo tipo fascista autoritário, algo como um capitão nascimento! que surpresa!

E o amigo que conheço há muito tempo, e que recentemente descobri que toca flauta, e toca bem? Que surpresa mais agradável que a anterior.

E a amiga que descobri que le tarot? que surpresa interessante

E o amigo que todo mundo brinca que veste um pullover, por ser muito avantajado no quesito pêlos, que recentemente viu uma foto de si próprio de costas e ficou surpreso!

Hoje tive uma destas grandes revelações: depois que você passa 24 horas com alguém em um trem, na russia, você pensa que já sabe tudo sobre uma pessoa. Ledo engano: hoje descobri que minha amiga tinha um casal de jumentos de estimação!
Ulalau! E eu pensando que ponei era o máximo da estranheza que alguém poderia ter, e eis que surge o casal de jumentos!
E o pior, foi que uma vez, ela foi montar no jumento, e ele a derrubou, e foi ficar perto da jumenta. Tomou um toco do jumento! ha ha ha!

Bom, e que jogue a primeira pedra, quem nunca tomou um toco de um jumento!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

A idade da razão

Eu já nasci com 46 anos.
Isto, quem me falou foi um amigo meu, quando eu tinha 15 anos.
OK, eu confesso que não fui uma garota comum de 15 anos, pois naquela época, eu já detestava sair a noite (morria de sono), gostava de cinema iraniano (o balão branco era meu favorito), experimentei fumar aos 12 anos, achei uma merda e nunca mais quis saber, (que sorte!) e já não gostava de música alta.
O tempo passou, e algumas coisas mudaram, hoje eu não tenho a menor paciência para filme iraniano, não arrisco mais filmes da mostra (afinal os realmente bons, sempre entram em cartaz depois), e continuo sem gostar de música alta, nem fumar, e continuo morrendo de sono.
Que bom que eu estou chegando mais perto da idade que verdadeiramente sempre tive! Agora estas coisas ficam menos esquisitas para quem vê.
Hoje me senti uma velha. Estava conversando com uma moça do trabalho, que é estagiária de outra área, e papo vai, papo vem, comentei algo sobre o trabalho da minha mãe, e ela me perguntou com a maior surpresa: nossa, a sua mãe ainda trabalha?

poxa, foi praticamente como se ela tivesse dito: você já é tão velha, quase se aposentando, e sua mãe ainda não é aposentada?

Bem, tudo é relativo. No domingo fui com um amigo assistir a um concerto no parque oscar americano e no momento que adentrei a sala de concerto, a idade média decaiu de mais ou menos 95 anos, para meros 81.
Todos os velhinhos, principalmente mulheres andavam bem devagarinho, como a idade exige, acomodando-se em suas poltronas com seus cabelos ralos, branquinhos ou violetas.

Em um dado momento, fiquei pensando o que aconteceria se tivesse um incêndio naquele local. Eu estava em uma das últimas fileiras, e como é que eu sairia correndo, com todos aqueles velhinhos vagarosos?

Será que num impulso, eu sairia empurrando todo mundo? Difícil de saber.

E o que é pior, será que minha amiga do trabalho (a estagiária) pensa a mesma coisa?

domingo, 10 de maio de 2009

*** Senha ***

Acho engraçado os critérios que cada um tem para escolher suas senhas. Vez ou outra, por algum motivo, a gente acaba sabendo a senha dos outros.
Uma vez, no trabalho, eu e alguns colegas estávamos testando um novo sistema, e precisávamos da senha das duas estagiárias que trabalhavam conosco. Chamamos as duas, e para nossa surpresa, e muita risada, as senhas eram: pistoleira e linda!
Quando eu mudei de empresa, há alguns anos, a senha que estava no meu computador, criada e usada pela minha antecessora, era exatamente a mesma que eu vinha usando na empresa anterior: melancia! Com tanta coisa no mundo, tanta fruta gostosa, por que será que as duas estavam pensando na melancia, quando tiveram que escolher uma senha!

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Só a bailairina que não tem

Todo mundo tem uma história escatólogica para contar.
Tenho uma amiga, que durante algum tempo, tinhamos uma competição sobre quem já tinha passado mal no lugar mais chique.
Ela vomitou no Metropolitan e na Torre Eiffel. Eu na Fontana de Trevi, (não foi dentro da fontana, foi pertinho!) em Machu Picchu e mais recentemente no deserto de Gobi. Um luxo!

Tenho um amigo europeu que estava na Bolívia, em um ônibus daqueles com as Tcholas, entupido de gente, que por um instante nos faz crer que a Bolivia é mais terceiro mundo que nós. Pois é, lá ia ele e um amigo, e por sorte conseguiram um lugar para sentar, a jornada era longa. Eis que aparece uma boliviana com um bebê de colo. Meu amigo, com sua educação solidária e civilizada, pensou em ceder seu lugar, porém estava super cansado. Optou por uma alternativa meio termo. Ofereceu para a mulher, para que ele carregasse o bebê em seu colo, e com isto, mantinha-se sentado.
A mulher agradeceu de imediato. O bebê retribuiu ao grande favor, vomitando em cima do meu amigo, que ficou fedendo a vômito do filho dos outros por toda a viagem, e ainda por cima, não tinha como devolver a criança para a mãe.

Lá estava eu, na Croácia, a caminho da Dalmácia, em um ônibus por 7 horas, que não pôde pegar a rodovia principal, pois havia tido um acidente, e teve que pegar a rodovia adjacente. Digamos, que SP-RJ, não deu para ir pela Dutra, e tiveram que desviar para a Rio-Santos, cheia de curvas.
Eis que as pessoas começaram a vomitar, e colocaram um balde no meio do ônibus, e quem passava mal, chamava pelo balde, alguém literalmente chutava o balde, que ia se enchendo e fazendo até quem inicialmente estava bem, ficar de estômago revirado.

Todo mundo tem uma história escatolótica, bereba, só a bailarina que não tem.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Spreading the news


Olhem este vídeo desta figura, patinando na frente do Rockfeller Center em um sábado de manhã. Uma mistura de Sobel + Yoko Ono + Clodovil Era de parar o trânsito

sábado, 18 de abril de 2009

cada panela tem sua tampa e seu piti

Estou no aviao, a caminho de NY. Tam, JJ8080.

Fortes emocoes:

1) Comprei aquela coisa inflavel de colocar no pescoco para dormir no aviao. Ha um desafio: encher com ar, tirar a boca, tapar e colocar o plastiquinho, sem que todo o ar escape. Missao impossivel para mim, que acompanhada de um saco de risada, nao conseguia parar de rir, nem para terminar de assoprar. Apos 8 tentativas frustradas no seu proposito final, porem bem sucedidas no quesito gargalhada, desisti, mas o saco de risadas ao meu lado conseguiu!

2) Para minha feliz surpresa, ate que consegui dormir com a tal da coisa inflavel. Eis que no meio da noite, a mulher do meu lado, levanta e comeca a gritar: meu marido, meu marido!
Ela tenta acordar o marido, que nao se mexe. Chamo a aeromoca, apertando incessantemente o botao. Minha amiga, levanta correndo e vai chamar a aeromoca.
O marido acorda, apos acharmos que ele estava morto.

Aparece um impostor, fazendo-se passar por medico, a cara do Benjamin Button. Valia a pena fazer o investimento, e aguardar para ver se um milagre aconteceria, se ele rejuveneceria e tornaria-se tao belo quanto o Brad Pitt. Durante o voo, nada disto aconteceu.

O ex morto vivo, levanta-se e diz que nao esta se sentindo bem.
A mulher dele, ao meu lado, comeca a revirar os olhos, fazer uma cara muito estranha e desmaia.
O impostor, coloca a cabeca dela para baixo, e ela acorda.

Forma-se uma fila de curiosos, e eu, que quase nao sou curiosa, posso assistir tudo de camarote, pois minha cadeira esta imediatamente ao lado do show.
As aeromocas, desfilam suas frases prontas: meu senhor, este nao e o procedimento de desmaiar, minha senhora, aceita um suco.

Quando a esposa do ex morto vivo acorda do desmaio, ele volta a passar mal. Mas que diabo e isto? Cade o Dr. House?
Sera contagioso? Me parece que nada mais e que um piti a dois.

Anunciam no microfone se tem algum medico a bordo. Duas medicas se voluntariam para ajudar. Uma nao consegue auscultar o ex morto vivo por causa do barulho do aviao.

Meu diagnostico se confirma: piti a dois. A tampa e a panela histericas, acalmam-se, o show termina, e para minha sorte, com toda esta confusao, o tempo passou rapido e em menos de 1 hora chegamos a big apple.

domingo, 12 de abril de 2009

Pessach moderno

Era uma vez um grupo de judeus, que trabalhavam como escravos. Ao invés de servirem aos faraós, eles serviam a seus chefes e clientes, de empresas multinacionais, consultorias renomadas, clientes de seus escritórios, escolas, etc.
Trabalhavam de sol a pôr do sol, todos os dias, construindo pirâmides sociais. Não eram chicoteados, mas muitas vezes, trabalhavam mais do que queriam, e deixavam de fazer aquilo que mais os aprazia.

Estes judeus, decidiram que era hora de parar com esta escravidão, ainda que temporariamente, e ir para a terra prometida.
Eles saíram muito cedo, fugidos de suas tarefas cotidianas e durante um longo período cruzaram o deserto e a balsa, para chegar a terra prometida.

E em uma sexta-feira santa, chegaram a terra prometida. Um oásis no alto da montanha, emoldurado por uma linda vista, por águas frescas e cores sem precedentes.
Nem tudo foi fácil, tiveram que enfrentar as 10 pragas, dentre elas:
- besouros voadores atacando a comida dos pobres itinerantes
- sol escaldante
- subidas extenuantes
- ataques da mosca tse tse
- falta de controle remoto
- fila para o café
- ausência de transmissão do jogo de futebol
- ausência de água de côco
- ameaça de caquinhos de vidros
- discussão de temas polêmicos

O povo escolhido, (pela neta do Jojo) passou uma Páscoa deliciosa em conjunto.
A festa de pessach, simboliza a travessia e nos relembra da escravidão e da importância da liberdade. Também comemoramos que a vida dá voltas, e se hoje estamos vivendo momentos difíceis, amanhã seremos livres e felizes. A festa também comemora o aniversário, não do Messias, mas de uma mediadora de plantão :-) que torce para que estes momentos felizes, na companhia de amigos, tenham longa duração.

terça-feira, 7 de abril de 2009

La dolce vita

Toda vez que vou ao cinema para ver um determinado filme, o filme está lotado e entro em outro, eu me arrependo.
No mundo corporativo, os chatos chamariam isto de falta de foco.
Eu chamo de tentar surpreender-se com o inesperado. Quase sempre me dou mal.
Claro que já passei por algumas situações antológicas (ou seja de anta), quando por exemplo fui assistir sei lá o que, não consegui e entrei em um filme chamado:
"O sabor da melancia".
Era um filme horroroso, chinês, que o cara transava com uma melancia. Saí no meio. Incrivelmente, minha companhia, ficou até o fim. Vai entender...

Uma vez, no tempo em que o cinema não tinha estes carpetes coloridos, fui ver Roger Rabitt, e acabei assistindo Willow na Terra da Magia. Uma chatice só.

Esta semana, fui ver o Visitante, mas muitos outros visitantes chegaram antes de mim, e acabei assistindo "Simplesmente feliz". Pelo título, só o diretor deve ter ficado feliz. O filme é um purgante com uma mulher, cuja sinopse diz que é otimista, mas este é um eufemismo para tonta.

Pior foi uma amigo meu, que foi com a avó assistir "A bela e a fera", mas estava lotado, e entrou em um filme que tinha récem estreado, e ele não sabia do que se tratava: "Instinto Selvagem". Aposto que até hoje a avó nunca mais cruzou as pernas na presença dele.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

O inferno são os outros

Eu reconheço que sou a típica pseudo-cética. Cética sim, mas também não custa nada ler o horoscopo de vez em quando e como uma grande amiga definiu maravilhosamente: de tempos em tempos, a gente paga para ouvir umas mentiras e ficar feliz.
Pois é, eis que estou no tal do inferno astral.
É uma boa justificativa para tudo que dá errado neste período. Como se não bastasse estar próxima de ficar um ano mais velha, ainda tem que vir acompanhado de um inferno, seja lá de que tipo.

Já dizia Sartre que o inferno são os outros. E eu concordo.

Inferno é acordar a noite com um alarme de carro que dispara
Inferno é festinha infantil no salão do prédio no domingo a tarde, quando você está super gripada, querendo descansar
Inferno é dispensar uma pessoa no trabalho, e ela sair da sua sala e ir direto falar mal de você para seu chefe
Inferno é o telefone com o 7 quebrado ser diagnosticado como: impossibilitado de ser consertado.
Inferno é não ter paciência para comprar um novo ferro de passar (a propósito: o anterior eu ganhei na drogaria são paulo, numa daquelas promoções de juntar pontos)
Inferno é esquecer o nome do vizinho de sala de consultório que sempre me cumprimenta falando o meu nome
Inferno é finalmente achar um lustre lindo, após 2 anos de procura, e no dia da instalação levar o cano da loja
Inferno é estar com febre e ter que fazer inalação no fogão (da próxima vez que juntar os pontos da drogaria, vou trocar por um inalador)

Inferno é passar por tudo isto, e ainda ter que manter o bom humor!

Que passe logo o inferno e que venha o inverno

Ok, inferno é ter que aguentar um trocadilho batido deste!

segunda-feira, 30 de março de 2009

Agradeço a santo expedito pela graça alcançada

Parece que a tecnologia rebelou-se contra mim.

Esta semana quebrou meu telefone sem fio. Não trata-se de um celular, e sim de um telefone sem fio mesmo. O defeito era tão ridiculo que deu vergonha de levar na assistencia tecnica. A tecla 7 não funcionava. Parece até meio cabalistico, não?
Pois e, não podia ligar para nenhum número que tivesse a tecla 7. Claro que descobri que 98% das pessoas para quem ligo, tem este número nos seus telefones.
Já passaram as 48 horas que teoricamente demoraria para receber o orçamento do conserto.
Aposto que o valor será múltiplo de 7.

Ainda na mesma semana, este computador, por onde digito agora na maior felicidade, e que tem apenas 3 meses sob minha jurisdição, quebrou feio. Nada acontecia, apenas uma mensagem tão assustadora quanto o Robot do fim de Lost, dizendo que o hardware tinha que ser formatado. Sim, isto significa perder tudo o que nele tinha. Passei o fim de semana apavorada e lamentando não ter back up de absolutamente tudo!

A assistência técnica da HP foi um desastre. Uma hora ao telefone, e não adiantou nada.
O rapaz da informática onde trabalho, resolveu o problema em 15 minutos, sem perder nenhum dado meu. Nem o IR foi danificado, o que significa que felizmente não vou ter que refazer, e infelizmente não aconteceu o milagre da restituição.

O ferro de passar roupa também está com defeito. Segundo quem o usa, ele está grudando na roupa. Já sei de uma roupa destruída e temo por saber do restante.

Needless to mention que meu dvd não funcionou no domingo chuvoso com gripe. Incrível. Eu tinha 8 episódios de lost para assistir, mas o dvd que meu amigo gravou não era compatível com meu dvd.

Meus anseios alternaram-se entre: vontade de chorar, vontade de quebrar todos os eletrodomesticos da casa, vontade de acender uma vela e voltar a um tempo mais descomplicado, vontade de assaltar a fast shop e comprar tudo novo, vontade de ler um livro e dormir. A última vontade, em conjunto com o bom senso, prevaleceu.

Agradeço a sto expedito e ao rapaz de IT por ter salvo este computador e seu conteúdo tão precioso para mim.

sábado, 14 de março de 2009

A volta a meio mundo em 20 dias

Estou em Zurich.
Descobri que o frio na barriga de passar por fronteiras mantem-se, mesmo apos tantas viagens.
Com toda minha quilometragem atual, chego na imigracao e o guarda, me pergunta se falo ingles ou alemao. Fiquei confusa na hora, e respondi: Ya, I mean, english!
Ele me pergunta se eu vim a trabalho ou a turismo e de novo, demoro a responder.
Vim a trabalho, mas meu espirito veio a turismo.
Ate acho ruim ter que usar espaco na mala para sapatos que so vou usar em reunioes, e alguns materiais que trouxe!
Conformo-me. Se nao fosse a trabalho, nao estaria aqui.

Meu hotel fica a menos de 100m da fabrica da Lindt. Ja tirei uma foto. Hoje e sabado, a fabrica esta fechada para visitas. Compensei as 12 horas sentada no aviao, com 3 horas initerruptas de passeio, enquanto nao escurecia. E uma cidade bonita, onde se ouve muitos idiomas, e como ja era de se esperar, tem mais bancos que Moscow. Incrivel: Moscow, aquela cidade que um dia em um passado remoto ja foi comunista, parecia ser o lugar com mais bancos no mundo! Quase todos na Paradeplatz, um dos centros financeiros do mundo, que de acordo com o guia, no passado era um pig market! (Acho que continua sendo...)

Ja comecei o regime de engorda. Impossivel nao comecar. Muitos queijos, chocolates e ate bala pez.
Amanha cedo vou para Gruyere. Pretendo cair em um caldeirao de foundae.

TempressanObelix

obs: estava no transito terrivel para chegar ao aeroporto e digo ao taxista:
- moco, por favor, va o mais rapido que puder
ele responde: nao se preocupe, tambem estou com pressa, preciso ir no banheiro o quanto antes!

e eu pensei: pronto, so me faltava esta, agora o homem vai ter um piriri aqui!

domingo, 8 de março de 2009

Mordida pelo leão


Pela primeira vez, fui mordida pelo leão.


Não consigo entender! Já sou tributada em 27,5% na fonte, declaro tudo certinho, gastei quase 10 pilas a mais com seguro de saúde e ainda vou ter que pagar uma grana de Imposto de Renda.

Oh dia, oh ceus! Não me conformo. Justo euzinha, que sempre fiz a declaração no início do prazo, para receber a restituição logo, que ficava acompanhando em qual lote eu receberia, quase com a mesma ansiedade de olhar a lista de aprovados do vestibular, e eis que este ano, inaugurei a mordida!


Parece que foi ontem, que eu estava voltando de um almoço no América, com as queridissimas tranqueiras e falávamos disto. Todas iam ter que pagar, e eu ia receber. Pois é, entrei para o clube este ano! Que merda de clube!


Viajada pelo mundo que sou, ainda assim, sempre dá um medinho e amanhã inauguro a volta em parte do mundo a trabalho, em 3 semanas. Começo com Ubatuba.

Em função deste medinho que sempre me acompanha nas viagens, e na fragilidade iminente pós tiroteio na porta de casa, reforcei meu testamento oral com familiares. E como sempre, destinei uma parte para os bichos. Pandas e Baleias. Os bichos que mais me emocionaram nos últimos anos. Claro, que como sempre, tive que aguentar todas as piadinhas, mas como diria meu avô, se você deixar menos para os seus, também está bom. Mas reitero que para o leão, não quero deixar nadica!


Hasta la vuelta





terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Caça e caçador


Calmazze! O Fabio Junior não vai aparecer por aqui, e não tenho visto estrelas soltas pelo céu da boca.


Outro dia, um conhecido disse que não entende por que há tamanha comoção com o mico leão dourado. Segundo ele, e daí se este bicho que não muda em nada nossa vida, desaparecer. É claro que fiquei em estado de choque com a declaração.


Mas recentemente, em uma conversa com amigos descobri algo que me deixou ainda mais apavorada. Descobri que a maioria das pessoas, quando assiste uma daquelas cenas típicas do National Geographic, de perseguição, torce pelo caçador.

Como assim?!?

Você vê a leoa, correndo como um animal faminto e torce para que ela consiga alcançar o pobre indefeso do veadinho?

Eu sempre torci para o veadinho escapar, dar um olé na leoa (uau, quase uma aliteração).

OK, entendo que a leoa vai ficar com fome, que existem centenas de milhares de veadinhos pela savana, mas eu quase sempre torço pelo mais fraco.

Fiquei com uma dúvida: será que torcer pelo mais fraco me torna uma anti-darwiniana? Não! Claro que não, Darwin sempre falou dos mais adaptados, nunca dos mais fortes (afinal como o besouro de alter do chão sobreviveu dentro da minha mala e pulou para fora dela quando chegou no meu apartamento?)


Talvez a maior dificuldade seja definir quem é o mais frágil. Só por que a leoa é maior, tem garras afiadas, isto faz dela mais forte? talvez não. talvez ela seja bem frágil. Quem vai saber como ela lida com a fome e com a frustração de ter perdido a caça?









sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Uma nota, Zezinho

É claro que todos os frequentadores deste blog (que não passam de meia dúzia de gatos pingados -obrigada a todos os eles, a sua presença é muito importante para nós) lembram-se do programa "Qual é a música"
Eu adorava o maestro Zezinho, que tocava uma nota: pin, e o participante adivinhava qual era a música.

Vez em quando, baixa um Zezinho, e faço uma consideração por uma pessoa por uma frase, um parágrafo talvez.

Fragmento de uma conversa e inferência de todo o resto.

Situação 1: Contexto: Na manicure, hoje:

- Tô amando a faculdade. Os veteranos, tipo, são demais. Dou risada, tipo, o dia inteiro, tipo.

Manicure interrompe: que faculdade você está fazendo?

Tipo: Jornalismo, na Cásper Líbero, é demais!

(Pausa - Socorro - eu fiz 1 ano, achei um lixo! Minha amiga cri cri sabe que tê-la conhecido foi a única coisa que valeu naquela faculdade!)

Tipo: Os veteranos apelidaram um carinha de blanca. (Ri muito) (Ninguém mais entendeu a piada).

Manicure: o que quer dizer?

Tipo: aquele monstro vermelho e verde do XYZ (algum videogame).

Tipo: Alguém sabe quem ganhou a prova do líder do Big Brother

Situação 2, hoje também:
Contexto: chuva torrencial na hora do almoço. Fome daquelas do estômago colar no rim ou algum outro órgão perto das costas. No condomínio onde trabalho as entregas estão temporariamente suspensas, porque a recepção está em uma reforma, que demora tanto que provavelmente o rodoanel ficará pronto antes.

Decido ir ao drive thru do Merd Donalds que fica a 2 quadras do trabalho.
Vou eu e 2 colegas. Pegamos o pedido de mais 4 pessoas. Parte do pedido: 2 Mc tasty. Euzinha, na minha ignorância Merdidoniana, que há anos, só peço nuggets e cheeseburger especial (sem aqueles picles e aquela moçoroca) entendo Mc peixe.
Chego no caixa e peço: 2 mc peixe

atendente: mc fish?

(eu penso: ai, que mania que as pessoas tem de falar tudo em inglês), respondo:

- mc peixe

Minha colega de trabalho, no banco do passageiro, começa a rir, e diz: é Mc tasty!!

Situação 3: Uma grande amiga, tão cri cri quanto eu, me manda um mail que é um tipo de corrente, que pede para que cada amigo dela a descreva em apenas 1 palavra.

Eu escolhi: desocupada! (Não que ela seja de verdade, mas foi apenas uma piadinha por ter enviado a corrente...). Ela fica surpresa que uma pessoa muito próxima a definiu como: crítica.

Não entendi! Qual a surpresa?
Será que me definiriam como paciente?

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Tavola Redonda

Era uma vez uma donzela que apaixonou-se por um cavaleiro chamado Arthur.

Arthur, compartilhava a távola redonda com mais 11 cavaleiros, mas era hétero.

Cavaleiro 1: era belo, forte, tocava vários instrumentos musicais, era um ouvinte atento das histórias da donzela, e tinha um sorriso encantador. Evidentemente tinha alguns defeitos, porém estes eram bem pouco cabeludos.

Cavaleiro 2: era decidido, objetivo, sem rodeios em suas decisões, adorava um palco e não sabia navegar em águas plácidas. Foi atacado em terras tropicais por uma mosquinha tse tse e caiu adormecido.

Cavaleiro 3: não era belo, tampouco interessante. Tratava-se de um cavaleiro solitário, em busca de um paraíso perdido. Excursionando por terras tropicais, foi seduzido por um fruto nativo, de cor arroxeada e sabor pouco doce. Buscava uma donzela que também gostasse deste fruto.

Cavaleiro 4: Era muito esbelto, com um sorriso demolidor de corações, porém com o passar dos anos ganhou uma forma bastante arredondada que o fez ficar comparável a um mamífero marinho de grande porte.

Estes cavaleiros eram exemplos de raparigos que lutavam, enfrentavam a fúria de dragões, lidavam com seu fogo, mas estavam longe de serem cavalheiros. Arthur, como o pioneiro do convescote da távola redonda teria que explicar a eles que no dia seguinte da batalha, o conquistado ficava a espera das orientações de como proceder e que não implica em sair em conjunto eternamente, em busca do cálice sagrado.

Os outros cavaleiros serão descritos em outra ocasião...

Guinevere ou Gwenfanfar

Flora, Fauna e Primavera



Fui convidada para um chá de bebê, no próximo domingo.


O bebê não foi convidado, pois ainda não nasceu, mas já tem uma lista de presentes em uma loja especializada.


Achei na lista vários itens completamente desconhecidos para mim. O mais estranho era um culote, tamanho Grande.


A bebezinha nem nasceu e alguém já quer que ela tenha culotes tamanho G!!





Lembrei das fadinhas da Bela Adormecida. Cada uma fez uma mágica/pedido para a princesinha .


Não sou fada madrinha desta bebê (e sim de ume menine que nascerá em junhe), mas mesmo assim vou fazer um desejo para a pequena Clarinha que vai nascer:





Clarinha, desejo que você não tenha culotes tamanho G!






Mother nature, este post foi em sua homenagem também.

Logo volto.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Qual é o pente que te penteia?


A foto acima foi tirada no museu do apartheid na Africa do Sul.


Alguns critérios de classificação eram tão subjetivos, que as pessoas mudavam de classificação vez em quando, passando a ter, ou deixando de ter vários privilégios, regalias, obrigadações, regras, etc.


Um dos critérios era o cabelo crespo. Logo, eu sou negra.

Na África fui batizada por um Zulu de Balissa. Significa flor. Adoro meu nome zulu. Meu sobrenome, em uma das versões, significa canela.

Agora é um ótimo momento para ser negra, afinal como grande parte dos meus semelhantes, me orgulho imensamente do novo presidente dos EUA. No entanto, confesso que fiquei cabrera com o fato de que sua esposa e suas filhas apareceram na festa da posse de chapinha.

Poxa, que oportunidade elas tinham de desfilar e inspirar o mundo com seus cabelos crespos.

Senti-me muito solitária. Além das dezenas de amigas que fazem escova, agora até a primeira dama e primeira e segunda filha negam a crespisse?! Lamentável.


Estou indo para Natal por uma semana. Só por precaução, estou levando filtro solar 60, pois temo que minha negritude torne-se uma vermelhitude...







domingo, 18 de janeiro de 2009

Mamão, mexerica, melão, melancia, quem é que carrega, ih óh


Sei não, mas me parece que o homem da foto não é muito chegado em salada.


E quem é?

Que manifeste-se quem já acordou com uma vontade louca de devorar uma salada! Que sonhou que estava deleitando-se com folhas!

Se salada fosse bom, existiria rodízio de salada. Imaginem um lugar, onde você fica sentado, com um cartão verde ou vermelho, e os garçons vem trazendo diversos tipos de folhas, legumes, verduras, e até algumas frutas.


Não frequento muito churrascaria, não gosto do barulho, do movimento todo, e nem como tanta carne assim para compensar. No entanto, quando eu vou, eu sempre penso na frustração que deve ser para o garçon que serve o cupim.
O cara da picanha, parece estar no topo da hierarquia de carreira, top talent, todo mundo quer. O garçon do cupim, é o equivalente ao trainee, parece que só está treinando, já que quase nunca alguém aceita. É mais uma forma de praticar chegar nas mesas, oferecer e vez em quando, se der uma sorte, servir o cliente.
E em um hipotético rodizio de salada, qual seria o equivalente a picanha? A grande estrela da mesa?
A chicória?
A rúcula?
O fundo da alcachofra?
Difícil saber...
Voto no queijo brie com mel e pistaches descascados.
E sabe que agora j[a estou com fome, e uma fome não exatamente de salada. Que venga la nutella!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

E quem precisa saber logaritimos?

Entre amigas, em conversas intimamente femininas, recentemente falávamos do que era imprescindivel em um homem para nos deixar atraídas ou o que era fator altamente limitante para o mesmo fim.
É claro que uma série de lugares comuns surgiram: química, beleza, estilo troncudinho ou não, pêlos (tê-los ou não tê-los), senso de humor, etc. Porém, reconheço que alguns quesitos deveras interessantes me surpreenderam.

O que dizer de uma mulher que, segundo sua amiga, deve ter sido uma compradora de escravos no passado, pois escolhe seus amantes através da qualidade dos dentes!
Imagino que além da questão estética e higienica, alguns grandes ganhos secundários devem estar atrelados: deve ser bem mais difícil ter o sutiã aberto por uma boca banguela, por exemplo.
Além disto, os bons dentes podem ser de grande ajuda para o reconhecimento da arcada dentária no IML, quando a mulher tem certeza que o único motivo possível para ele nunca mais ter ligado, seja o fato de que morreu como indigente.

Outra amiga tem como ponto máximo de interesse, homens de comunicação e arte.
Claro, afinal, somente moços com mentes muito abertas poderiam entender suas roupas inspiradas no grande estilista de todos os tempos: Ziraldo.
Sim, porque o estilo menino maluquinho, exemplificado com meias vermelhas, macacão laranja, blusa verde e cachecol azul, no calor, não são exatamente uma unanimidade de sensualidade. Talvez um bom daltônico também funcionasse!

Uma grande amiga involuntariamente gosta do estilo Cigarra e Formiga. Você trabalha, fica com toda a responsabilidade do mundo nas costas, é pragmática para resolver os problemas, preocupa-se com dinheiro, enquando ele se diverte, aproveita o verão, o outono, o inverno e a primavera, canta e encanta.
E ele ainda diz que o seu problema é que você é devota do deus trabalho.

A mais emblemática, no entanto, foi uma grande amiga, criteriosa em suas decisões que não pode levar um relacionamento adiante quando descobriu que o mocinho só tinha estudado até a oitava série, ensino fundamental, ou ginásio, dependendo do seu ano de nascimento.
Para a surpresa dela, ele até sabia o que era uma bactéria, então pensei: o que aprendemos no colegial de tão importante que possa ser fundamental em um relacionamento?

E a resposta veio como uma revelação: os logaritimos!

domingo, 4 de janeiro de 2009

Onda de rio vale mais que onda de mar



Rio Tapajós.

Os sete pedidos de reveillon, pulados no rio foram eficientes. O desejo de um ano muito divertido já está sendo atendiddo!






10 dias em Alter do chão.


4 livros: Por um fio, Andorinhas de Cabul, Seda, Crime ABC.


Placar geral do Rumikubi: cricri 12 - tempressanão 7.


Pôr do sol maravilhosos: 2


Pôr do sol bonitos: 7


Perguntas: aqui tem arraia? - 634


Gatinhos: o suficiente...


Olaf: 1 - mais que o suficiente


Ervas: 1 - será que morreu afogado?


Grilos: 1 bilhão


Grilos na mala, que chegaram vivos até são paulo: 1


roupa molhada: todas


cobras: 3 - 1 morta, 1 viva (surucucu), 1 que conforme a lenda, ficou pendurada nas costas de um italiano na semana anterior - lendas do rio Tapajós...


Membros do clube dos mentirosos: pra lá de uma dúzia


dias de sol: 8


índice geral: nota 10, com louvor!!!








alguns momentos inesquecíveis:





Homem da pousada, vai ao meu quarto, a meu pedido, tirar 2 baratas de lá, no dia 1. Calmamente, segura as duas baratas, uma em cada mão, e continua falando, como se estivesse segurando flores. Olha moça, o café da manhã, é até as 9:30., bla, bla, bla. E nós lá, horrorizadas, olhando fixamente para as baratas na mão do cara.





Hippies vinham vender sua arte, sempre com o mesmo discurso, e a mesma arte:


- Oi, pode crer, a gente esta aqui (era sempre só um, mas referia-se a si mesmo como a gente), para vender nossa arte (biju feias, sem graça). A gente mesmo que faz, com barbatana de arraia (?), etc, etc. A gente vive assim, nada de agradar ao deus trabalho, só na erva, na alegria...


Minha resposta: pô, pode crer, mas tô numa onda de não consumismo...





A vingança deles, foi na minha tatuagem de henna, que era para ser um floral, delicado, e ficou parecendo uma lagartixa! Já saiu.





Fui para uma cidade muito sossegada, e lá ficamos por 10 dias, nada de fazer mala, nada de carregar nada, somente arrastar as havaianas de lá para cá, curtir o rio, vez em quando um passeio, mas o morro que era subida, não deu tempo... pode crer! Deus subida não rolou desta vez.





No entanto, um grande azar: a cidade resolveu celebrar a semana da santa nossa senhora da saúde. Todo dia, na praça central, tinha orações a jesus e o bingo de jesus. O prêmio do bingo era um porco, vivo!


Alguns outros prêmios eram sempre oferecidos por algum grande devoto, várias vezes, era o dono da sapataria: passo firme.





Logo conto mais...